Depois de ser chamada de "a mulher mais feia do mundo", a americana Lizzie Velasquez inspirou milhões de pessoas durante um discurso no TED Talk, em 2013 (Assista ao vídeo em inglês). Agora, ela planeja lançar um documentário anti-bullying contando sobre a sua história de vida.
Lizzie sofre de uma síndrome rara que a impede de ganhar peso. A moradora de Austin (Texas, EUA) nunca pesou mais de 30 quilos e é cega de um olho. Só a duas pessoas no mundo com a doença.
A jovem de 25 anos lançou uma campanha em um site de financiamento coletivo e já arrecadou cerca de R$ 290 mil. O objetivo é algo em torno dos R$ 400 mil. (Clique aqui para ver a campanha)
Reprodução/Facebook (Lizzie Velasquez)
Aos 17 anos, Lizzie ficou arrasada ao ver a si mesma em um vídeo no YouTube intitulado "A mulher mais feia do mundo". Na publicação havia comentários ofensivos como: "Faça um favor para o mundo, coloque uma arma na sua cabeça".
"Em vez de chorar eu escolhi ser feliz e descobri que a minha síndrome não é um problema, mas uma benção que me permite melhorar a mim mesma e inspirar as pessoas", contou Lizzie à Associeted Press.
Usando as críticas como combustível para vencer o bullying, Lizzie se formou na faculdade, e já escreveu três livros de autoajuda. O mais novo intitulado "Escolhendo a felicidade" será publicado em agosto. Além disso, nasredes sociais conquistou milhares de fãs e seguidores. A jovem credita sua força aos seus pais.
"Eles são os melhores pais do mundo", orgulha-se a americana.
Reprodução/Facebook (Lizzie Velasquez)
Lizzie nasceu quatro meses antes do previsto. O médico mostrou uma foto dela para a mãe antes de apresentá-la pessoalmente.
"Eu chorei inconsolavelmente, mas pedi para me trouxessem ela. Eu queria vê-la, segurá-la e amá-la", disse Rita Velasquez, mãe de Lizzie.
O pai da americana contou que no primeiro dia de escola Lizzie percebeu que era uma pessoa diferente porque as outras crianças não quiseram brincar com ela.
"Foi quando contamos a ela sobre a síndrome e, desde então, ela tem encarado com maturidade".
Foto: John Shearer/Invision/AP
Lizzie contou na entrevista que não busca uma cura para a síndrome.
"De jeito nenhum. Se você me perguntasse isso quando eu tinha 13 anos eu provavelmente diria sim e faria quaisquer testes. Mas hoje, não. Eu percorri um longo caminho até me aceitar como sou e quem sou. Se eu mudasse isso não estaria sendo verdadeira comigo mesma".
(Texto: Ana Clara Otoni)