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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Atraídas por lambada e clima baiano, idosas suíças são atração em Porto Seguro

O atraso de cerca de vinte minutos para o início do treinamento da Suíça, no último domingo, dispersou os torcedores que enchiam a arquibancada do estádio municipal de Porto Seguro. Assim, duas senhorinhas simpáticas logo viraram o centro das atenções. Munidas com uma bandeira da Suíça, elas acenavam e posavam para fotos a cada olhar dos curiosos. Logo, vieram os jornalistas suíços ao perceberem que ambas tinham um ótimo sotaque ao pronunciar palavras de apoio em francês e alemão. Sim, elas eram suíças. E moradoras de Porto Seguro. A pergunta, é claro, era como elas haviam parado ali.


- Ah, a lambada. Primeiro morei em São Paulo. Aí quando fiquei viúva, cheguei aqui de férias e vi aqui a lambada, comecei a ir toda noite na lambada e depois fiquei aqui por causa da lambada. Agora a lambada morreu, mas eu ainda estou aqui viva - contou, às gargalhadas, Ivone Witmer, se declarando ao ritmo musical que surgiu no Pará, mas se popularizou em Porto Seguro e virou febre no carnaval do nordeste brasileiro nos anos 80 e 90.

 
Ivone Witmer (esq) e Eva Schneider (dir) prestigiam a Suíça em treinamento (Foto: Thiago Quintella)

A mais animada da dupla, porém, era Eva Schneider. Ela é quem mais acenava para o público e respondia a maioria das entrevistas. A suíça desembarcou no Brasil em busca de aventura, ainda com o marido, já falecido. O clima e a alegria dos brasileiros os encantou e Porto Seguro foi o local escolhido para viver o restante de sua vida.


- Nós tínhamos um barzinho aqui. É bom para aproveitar o turismo. Hoje trabalho mais com os moradores. Eu gosto muito do clima e das pessoas, que são muito alegres. Viemos por isso. Mas nós duas vamos sempre a cada dois anos passar férias e matar saudade do nosso país - afirmou, reconhecendo que não entende muito de futebol, mas que não poderia perder a "surpresa" de ver o time suíço na cidade onde vive.

 
Robson levou o filho para torcer pelo país no qual morou por 14 anos (Foto: Thiago Quintella)

Róbson Aguiar é brasileiro. Mas parecia mais um dos poucos suíços, sem contar com os jornalistas, presentes no treinamento. Camisa oficial. Bandeira do país. E o filho, por perto, de boné com a palavra "Suisse", em francês.


- Mas ele é suíço (risos) - disse, se referindo ao filho - Fiquei 14 anos lá, fui com minha família, para trabalhar, aprender outras línguas e um pouco da cultura. Nós primeiro fomos para Londres, onde moramos por quatro anos e meio. Depois, minha mãe, como tinha que ir pra Suíça, fomos atrás dela. Todos imigrantes. Chegamos ilegais, mas depois conseguimos ficar com tudo certo. A situação do Brasil, era época de ditadura, não estava legal. Foi tudo muito bom por lá. Me sinto muito agradecido. E conheço o time, só não estou vendo o Degen, não sei se foi convocado, gosto muito dele - se referindo a Philipp Degen, meia suíço com passagens por Borussia Dortmund e Liverpool, mas que não foi lembrado pelo técnico Ottmar Hitzfeld.
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