À época da chegada dos colonizadores europeus, os mais de mil povos indígenas que viviam por aqui já tinha um rico e variado panteão de divindades, todas em estreita ligação com forças da natureza. Além dos tupi e dos guarani, dois grupos mais importantes do século XVI, íanomâmi , arará e dezenas de outros povos deixaram um legado mitológico que permanece vivo até hoje em muitas tribos que habitam o Brasil confira abaixo os deuses tupi- guarani;
TUPÃ : Chamado de " O espírito do trovão", Tupã é o grande criador dos céus, da terra e dos mares, assim como do mundo animal e vegetal.Além de ensinar aos homens a agricultura, o artesanato e a caça, concedeu aos pajés o conhecimento das plantas medicinais e dos rituais mágicos de cura.
JACI : É a deusa lua e guardiã da noite. Protetora dos amantes e da reprodução, um de seus papéis é despertar a saudade no coração dos guerreiros e caçadores, apressando a sua volta para suas esposas. Filha de Tupã, Jaci é irmã e esposa de Guaraci, o deus do Sol.
GUARACI : Filho de Tupã, o Deus do sol auxiliou o pai na criação de todos os seres vivo.Irmão e marido de Jaci, a deusa da lua, Guaraci é o guardião das criaturas durante o dia. Na passagem da noite para o dia, o encontro entre Jaci e Guaraci, as esposas pedem proteção para os maridos que vão caçar.
CEUCI : Protetora das lavouras e das moradias indígenas, Ceuci foi comparada pelos colonizadores católicos à Virgem Maria, por ter dado a luz de maneira milagrosa: seu filho, Jupari ( espírito guia e guardião)nasceu do fruto da cucura-purumã ( arvore que representa o bem e o mal na mitologia Tupi).
ANHANGÁ : Inimigo de Tupã, com cabeça de caveira e corpo de índio, Anhangá é deus das regiões infernais, um espírito andarilho que pode tomar a forma de vários animais da selva. Apesar de ser considerado protetor dos animais e dos caçadores, é associado ao mal. Se aparece para alguém, é sinal de desgraça e mal agouro.
SUMÉ : Responsável por manter as leis e as regras, Sumé também trouxe conhecimentos como o cozimento da mandioca e suas aplicações. Em virtude da desobediência dos indígenas, Sumé um dia partiu, saiu caminhando sobre o oceano atlântico, prometendo voltar para disciplinar os índios.
Fonte instituto socioambiental (sp) e Julio cezar melatti, antropólogo da universidade de brasilia (UNB)