O prefeito de Porto Seguro, Gilberto Abade, não pode deixar passar em branco as mortes dos professores sindicalistas Álvaro Henrique e Elisney Pereira, ocorrida em seu governo e até hoje sem um julgamento.
Os dois professores foram covardemente assassinados em 17 de setembro de 2009 e a Justiça aponta como principal suspeito de ser o mandante o ex-secretário de Governo, Edésio Lima, que na época era o segundo político mais poderoso na cidade, depois do prefeito.
Mas o prefeito Abade não foi citado nas investigações, nem acusado do crime e ainda tem o resto do governo para mostrar a população e aos professores que não tem mesmo nenhuma culpa no cartório.
A sugestão do Rede Imprensa Livre é que Álvaro e Elisney sejam homenageados por Abade com títulos póstumos de cidadãos portossegurenses e também com uma ou duas escolas municipais batizadas com seus nomes.
As famílias das vítimas também poderiam receber uma indenização ou coisa parecida. Esqueceram que as famílias dos professores ficaram a ver navios, desamparadas.
A Justiça pode não ser feita, mas, pelo menos, as mortes dos dois professores sindicalistas não terão sido totalmente em vão.
Para atender essa sugestão, simples, justa e viável, Abade só precisa de duas coisas que ele diz por aí que tem: consciência limpa e humildade.
Os professores, as famílias de Álvaro e Elisney e toda a população de Porto Seguro esperam o ato digno gestor.
Só depende dele.
Geraldinho Alves, 54 anos, jornalista MTE 4162/BA.
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