“O POVO PRECISA SABER A VERDADE”, afirma a Ex-Secretária de Cultura, Comunicação, Eventos Culturais e Cerimonial, Juana Albuquerque, em uma série BOMBÁSTICA de perguntas e respostas ao Cabrália News.
Juana Albuquerque, fala ao Cabrália News como teve a sua vida profissional, pessoal e familiar devastada pelo prefeito de Santa Cruz Cabrália o empoderado, Sr. Jorge Monteiro Pontes.
1.Cabrália News: Juana, gostaríamos de saber mais detalhes á respeito dos acontecimentos que ocasionaram o seu repentino desaparecimento de Santa Cruz Cabrália e de Porto Seguro?
J.A: Fui obrigada na base da opressão, do medo, da chantagem e da utilização do serviço privado e da força policial do Sgt PM França (que posteriormente foi denunciado por mim á Ouvidoria Geral do Estado da Bahia, pelas suas atitudes quando invadiu á mando do prefeito a minha vida pessoal e fiscal, conforme documentos que tenho protocolado em meu poder e no poder dos meus advogados), á deixar Cabrália e Porto Seguro. O Prefeito Jorge Pontes, utiliza-se de métodos da ditadura, jogando a força dos maus policiais para calar a boca das pessoas que o contraria, ou quem de alguma forma tem atitudes que o incomodam ou incomodam aos facínoras do seu grupinho medíocre e fascista que compõe o seu desastroso governo.
2.Cabrália News: Juana, mais você não tentou defender-se frentes as acusações que sofreu do Prefeito Jorge Pontes?
J.A: É claro que sim. Apesar de ter sofrido este golpe de uma pessoa que eu e a minha família só fizemos o bem e procuramos defende-lo inúmeras vezes das terríveis acusações e críticas feitas a ele e ao seu governo, eu busquei sim por justiça e por mostrar que tudo que tinham armado contra mim era mentira. Senti que o meu dever seria lutar incansavelmente para provar que eu nunca fui e nunca serei uma foragida da policia, pois não roubei, não matei, nem cometi nenhum delito e nunca desviei dinheiro publico. Tomei providencias no sentido de procurar os órgãos competentes como a Policia Federal, a Justiça Federal, a Policia Civil do Estado da Bahia e a Justiça Eleitoral, para que eu pudesse requerer certidões e antecedentes criminais, que comprovassem minha idoneidade. Fiz isso no dia 22 de agosto de 2011, três dias depois da fatídica reunião que resultou na minha exoneração.
3.Cabrália News: Juana, então o que você fez de posse destas tais certidões e antecedentes criminais?
J.A: No dia 22 de agosto de 2011, (segunda – feira) fui até a cidade de Eunápolis- BA, na Justiça Federal para obter uma certidão de “Distribuição de Ações e Execuções Civil e Criminal”. Logo depois, em Porto Seguro procurei a Policia Federal, onde solicitei uma “Certidão de Antecedentes Criminais”, e depois fui ao SAC onde solicitei um “Certificado de Antecedentes Criminais. Expliquei o acontecido ao policial que me atendeu, que me disse que se por acaso eu fosse procurada pela justiça, teria um mandado de prisão em meu nome na Divisão de Capturas, que é integrada entre todas as Policias dos Estados Brasileiros. Estive também no Cartório 122ª Zona Eleitoral de Porto Seguro – BA, onde solicitei uma Certidão de Quitação, que mostra com clareza se o eleitor é ficha suja, se já foi processado, se foi preso, se está sendo procurado pela justiça e esta certidão é valida em todo o Território Nacional. De posse desta documentação, no mesmo dia no final da tarde, fui falar com o Prefeito em sua casa, mais ele não pode me atender, então solicitei pelo interfone que o seu filho, o Dr. Felipe Pontes, me atendesse. De pronto, ele veio me atender em seu escritório que fica no andar térreo da residência dos Pontes em Santa Cruz Cabrália. Nesta conversa com Dr. Felipe Pontes, filho e advogado do prefeito, apresentei toda estas certidões que tirei, com a finalidade de defender-me das acusações que sofri no dia 18 de agosto enquanto eu fui exonerada pelo Prefeito Jorge Pontes, sob as alegações de ser uma foragida da Policia de Estado de Pernambuco e que ele poderia mandar me prender, já que segundo ele, teria o Sgt PM França a seu serviço, e que a minha liberdade estaria em suas mãos. Durante a conversa com o filho do Prefeito, fiquei surpresa ao ouvir o Dr. Felipe Pontes afirmar que, o Prefeito tem as suas fontes de informações, e estas certidões não servem para nada, e que era melhor eu cuidar da minha vida e deixar o prefeito em paz.
4.Cabrália News: Juana, e por que você foi embora de Porto Seguro e consequentemente de Santa Cruz Cabrália?
J.A: Fiquei com medo e aceitei o conselho que recebi do Prefeito Jorge Pontes quando disse que eu deveria ir embora, cuidar da minha vida, ou então ficar em Cabrália, á serviço dele e trabalhar ministrando cursos, e cuidando dos “drogados do turismo”, como ele se referia aos guias e informantes de turismo de Cabrália. Fiquei surpresa quando ele afirmou, “Você tem cuidado muito bem deles. Eu sou cristão e sei reconhecer o importante trabalho que você vem realizando junto á estes miseráveis”. Acreditem, ouvi isto do prefeito Jorge Pontes no momento de minha exoneração. Quando perguntei ao Prefeito Pontes, á respeito do Donizeti que é meu marido, ele afirmou que ia uma conversinha com ele, pois ele tinha feito “umas besteiras”, impondo o seu próprio ritmo de trabalho e que havia contrariado muito a Secretária de Turismo e Meio Ambiente, Mariléia Monteiro, com muitas ações que ele estava desenvolvendo, com o pessoal da Operadora CVC, na questão de abrir espaço para a comunidade indígena junto aos clientes da Operadora que visitam os pontos turísticos de Cabrália, e também na Barraca Toa Toa e na Reserva da Jaqueira em Porto Seguro, na venda dos artesanatos e quanto ao tempo que fica o ônibus com os turistas em Cabrália. Segundo Pontes, ele estava reclamando muito da rampa que dá acesso a plataforma de embarque das escunas no Porto, e que era muito incomodo os questionamentos á respeito da taxa de embarque das escunas de como é feito o controle deste dinheiro e como ele é aplicado no Turismo e no Meio Ambiente. Donizeti também quer reativar o Conselho de Turismo e a Léia era contra e, Jorge havia dito que se ele continuasse assim ficaria difícil manter ele no cargo também. Pensei bem em tudo que ouvi e finalmente na conversa que tive com o filho do prefeito Dr. Felipe Pontes, que não deu crédito algum para as certidões que apresentei, e conclui que aqui a justiça é feita pelos próprios Pontes, e ai decidi procurar uma forma institucional para defender-me na capital do estado, Salvador.
5.Cabrália News: E como foi então a sua saída de Porto Seguro com destino a Salvador em busca de uma solução para o seu caso?
J.A: Eu, o Donizeti e o nosso filho, saímos da nossa casa em Porto Seguro no mesmo dia 22 de agosto, deixando os nossos pertences, com um carro alugado, com apenas alguns trocados que mal deram para colocar gasolina no carro para que chegassemos á Salvador. Tive problemas para explicar os acontecimentos ao meu filho, tirá-lo da escola, deixa-lo sem aula em pleno 3º ano, ás vésperas do ENEM, em meio á uma campanha do Grêmio Estudantil do Colégio Dr. Antonio Ricaldi, um projeto importante para ele, tudo isto fora muito difícil para um jovem de 16 anos, que tem entendimento político, social, e que sabe os seus direitos enquanto cidadão, isso sem falar do trabalho que estava iniciando a frente da juventude de um partido político, também em Porto Seguro. O pior de tudo foi não ter a mínima segurança de iríamos encontrar apoio. Chegamos á Salvador e fomos acolhidos por uma família desconhecida, mais que tinha uma ligação partidária com um amigo nosso, ficamos nesta casa no bairro do Barbalho durante uns 15 dias, telefonamos para o proprietário do carro e solicitamos que ele mandasse buscar o carro em Salvador e ele mesmo uns 15 dias depois veio pessoalmente buscar o carro que estava conosco á quem estamos devendo R$ 1.900,00 (um mil e novecentos reais), já que nos outros meses pagamos com nosso salário o carro que foi alugado, para que pudéssemos trabalhar na Prefeitura com a autorização do Diretor de Transporte e irmão do Prefeito Jorge, o senhor Jairo Pontes.
6.Cabrália News: Juana, e em Salvador quais foram as providencias tomadas em relação aos acontecimentos e desmandos do prefeito Jorge Pontes?
J.A: Procuramos a Secretaria de Relações Institucionais e fomos recebidos pelo Chefe de Gabinete, Sr. Pedro Alcântara, que solicitou um relato dos fatos para que protocolássemos e ai ele iria encaminhar para os órgãos competentes, assim o fizemos. Depois procuramos a Ouvidoria Geral do Governo do Estado da Bahia, o Dr. Jones Carvalho, que solicitou também um relato para protocolar e assim tomar as providências possíveis, já que segundo o ouvidor, o município é independente e tem total liberdade de agir, mais que ele enquanto servidor público estaria estarrecido diante do ocorrido e que estaria solidário á mim e a minha família, ficou bastante preocupado com a situação escolar do meu filho e me encaminhou para a ouvidoria da educação para que o Dr. Francisco Neto Archive solicitasse a transferência e encontrasse uma vaga em outra escola do estado para o meu filho. Falamos também com o gabinete do Governador Jaques Wagner e com o cerimonial, para que pudéssemos protocolar um relato com todos os acontecimentos e pedindo providencias a Casa Militar, diante da gravidade do fato, já que havia o envolvimento de um policial no caso. Procuramos também protocolar um relato igual no comando do Partido na intenção de apenas deixar ciente o Presidente Estadual do Partido, das atitudes incoerentes e indecorosas, do referido Prefeito, já que também sou uma militante política atuante, e consciente dos meus direitos e deveres dentro da instituição.
7.Cabrália News: Juana, e por que você não retornou á Porto Seguro e a Santa Cruz Cabrália?
J.A: Preferi retornar a Pernambuco para que eu pudesse acompanhar de perto o desenrolar deste processo ocasionado por uma divida de campanha, e para buscar resposta para tanta perseguição deste Prefeito insano e cruel, que parece um santo no altar mais que na verdade é um homem mau, incapaz de se colocar no lugar do outro que parece nunca ter cometido e nem cometer erros que prejudica a tanta gente, que depende de sua atuação e sensibilidade para governar uma cidade como Santa Cruz Cabrália, que tem uma divida tão grande social com os que mais precisam de atenção e cuidado. Continuo em Pernambuco, tratando de minha saúde que atualmente encontra-se bastante frágil e que demanda cuidados especiais, mais em pensamento continuo em Santa Cruz Cabrália e estou atenta aos acontecimentos políticos e digo que rogo á deus que o próximo gestor ou gestora não seja Jorge Monteiro Pontes, pois será um fiasco tê-lo novamente como Prefeito desta cidade que merece alguém mais justo, humano, fraterno e solidário e com capacidade de lidar com gente e que goste de gente. Pois o atual gestor não gosta de ouvir nem de atender as pessoas nem nas ruas nem tão pouco em seu misterioso gabinete.
8.Cabrália News: Juana, e quanto ao seu apoio político existe algum pré- candidato que você tenha interesse em apoiar em Santa Cruz Cabrália ou em Porto Seguro?
J.A: Não voto em nenhuma das cidades que você citou, pois transferi o meu titulo para a minha cidade Recife, mais se estivesse ai com certeza não votaria em Jorge Pontes mesmo ele sendo do mesmo partido que eu. Estou na expectativa do começo do processo eleitoral, para analisar as propostas, se são reais ou meramente eleitoreiras, e ai vou decidir se apoio a Marta Pinto ou o Hélio de Paula. Recebi um e-mail de uma companheira de partido que disse que em Cabrália todos da prefeitura juram de pé junto que irão me ver na campanha de Marta, na verdade eles estão acostumados a fazer boatos da vida alheia ao invés de cuidarem deles mesmos que estão afundando num mar de lama. Quanto á Porto Seguro prefiro aguardar mais um pouco antes de me posicionar.
9.Cabrália News: Juana, o que você gostaria que acontecesse politicamente em Santa Cruz Cabrália?
J.A: Que as pessoas desta linda cidade votassem com coragem, com amor, que escolhessem alguém para governar com responsabilidade, trabalho e comprometimento com o desenvolvimento social e econômico, que tratasse o meio ambiente com mais responsabilidade e que fizesse do turismo um seguimento capaz de mudar a vida das pessoas com mais trabalho e dignidade para todos que desde sempre se dedicaram e se dedicam até hoje a esta atividade e que são tratados como marginais e desocupados “Os Informantes de Turismo” que antes eram crianças e que hoje são homens feitos pais de família e que ainda continuam sendo mal sucedidos pela falta de oportunidade e condições de trabalho. Gostaria também de ver este povo sofrido mais feliz, com muito mais valorização da cultura e uma educação com a valorização do professor e um ensino de qualidade para todos e para todas.
10.Cabrália News: Juana Albuquerque, e quanto a APTUR “Associação dos Profissionais do Turismo” o que você tem a nos dizer?
J.A: A APTUR nasceu de um sonho que sonhei junto aos Informantes de Turismo de Santa Cruz Cabrália, quando estive prestando consultoria na Secretaria de Turismo. Convivi com todos eles vi de perto todas as deficiências do setor, como é difícil a vida dessas pessoas, como eles tem problemas reais para trabalhar com dignidade, e tudo isto me deu motivos suficientes para ajudá-los, como estou acostumada na organização de pessoas e na formação profissional, percebi que talvez com a criação de uma associação séria, com um bom estatuto, e com os profissionais mais capacitados, motivados e comprometidos com resultados iguais para todos da classe trabalhadora, pudesse sim ser uma solução para que estes profissionais fossem ouvidos e vistos como trabalhadores, pelo prefeito Jorge Pontes e pela Secretária de Turismo, Mariléia Monteiro, que é omissa e que não entendeu até agora que ser gestora de uma pasta tão importante como a pasta do turismo numa cidade como Santa Cruz Cabrália que é a terra mãe do Brasil, que abriga um patrimônio histórico, cultural e paisagístico. Fazer a gestão de tudo isto implica em conhecimento técnico do setor, trabalho duro, credibilidade no mercado turístico, e atitudes ousadas para a divulgação de Santa Cruz Cabrália como uma oferta turística capaz de proporcionar ao visitante um turismo com valor agregado, principalmente caracterizado pela cultura indígena, pelas belezas naturais, valorizando todas as características a vocação natural da cidade para o turismo e a hospitalidade de seu povo.
11.Cabrália News: Juana, você esteve secretaria de cultura, Comunicação, Eventos Culturais e Cerimonial de Santa Cruz Cabrália durante quase 03 meses, então como você vê a cultura local?
J.A: Abandonada, sem nenhum investimento no capital humano, sem valorização dos profissionais, sem qualificação da mão de obra local, uma péssima alocação das verbas do fundo municipal da cultura, um conselho que não se reúne, uma equipe sem comando e desmotivada pelo descaso que permeia esta gestão de um prefeito insensível e sem capacidade alguma de entender a importância da cultura na transformação das pessoas e na construção de uma sociedade consciente de sua importância no contexto social e humano. Os artistas desta cidade sobrevivem sem nenhuma atenção, consideração e respeito, são homens e mulheres que insistem em se manter e assim são os guardiões da cultura desta cidade. Cabrália tem um acervo de relevante importância no contexto histórico do Brasil que é formado por monumentos arquitetônicos, sítios arqueológicos, paisagens naturais, territórios indígenas e pelo folclore popular. Como, as festas de Reis, Santo Antônio, São Pedro que é o padroeiro dos Pescadores e tem um grande valor para a comunidade pesqueira peculiar da cidade, A Festa de São João, a Bicharada, a chegança, os Blocos de Carnaval “Mascarados”, as Bonecas, a sacizada, a réplica do descobrimento, as olimpíadas Indígenas infantil e adulto. A festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição, a Festa de Nossa Senhora Aparecida e a Puxada do Mastro de São Sebastião. Falta mesmo é valorização da cultura indígena que norteia toda a cultura de raiz de Santa Cruz Cabrália, e falta também a valorização dos tantos artistas da terra sejam os músicos , os compositores, os atores, os bailarinos, os artesãos, os escultores, os pintores. Não concordava com os gastos absurdos na contratação de bandas, trios e palcos que não agregam em nada para a cultura local, e nem contribuem para o conhecimento da população jovem de Santa Cruz Cabrália que não conhece a sua própria cultura “um povo sem cultura é um povo sem memória sem identidade”.
Fale com Juana e faça a sua pergunta!
A Redação do CABRÁLIA NEWS.







