Na semana passada, mais precisamente no dia 24, o Dando Pitacos falou sobre a "Comissão da Verdade", instalada pela presidente Dilma Rousseff com o objetivo de apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período onde se incluem os "anos de chumbo" da ditadura militar. Se vivo estivesse, o capitão Benoni de Arruda Albernaz certamente seria um dos investigados. Com 37 anos à época, era ele o chefe da equipe de interrogatório preliminar da Operação Bandeirante - Oban quando Dilma Rousseff, então com 23 anos, foi presa, em janeiro de 1970.
Albernaz nasceu em São Paulo e seguiu a carreira do pai, também militar. Foi o 107º classificado na turma de 119 aspirantes a oficial de artilharia em 1956, mesmo ano em que se casou. Serviu no Mato Grosso do Sul antes de ser transferido para Barueri, em São Paulo, no início dos anos 1960. Estava em férias na noite do golpe militar de 1964 e, ainda assim, apresentou-se espontaneamente para o serviço.