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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

BAMBUCICLETAS, Prefeitura de São Paulo realiza lindo projeto de cidadania




Os quadros das bicicletas são feitos de bambu cana-da-índia. O Instituto Parada Vital, responsável pela fabricação, inspeciona as unidades que chegam, uma vez por semana, de Bragança Paulista, no interior de São Paulo


Os bambus recebem tratamento para retirar toda a umidade. Permanecem em uma estufa por cerca de três horas. Quanto mais seco, melhor para o uso 


As bordas são lixadas para aderir melhor aos complementos de alumínio. Cada bicicleta tem 2,10 m de bambu, cortados em sete tamanhos diferentes 


Atualmente, 12 funcionários trabalham na fábrica instalada no CEU Jardim Paulistano (zona norte de São Paulo). São moradores da região que foram treinados pelo designer carioca Flávio Deslandes, criador do modelo 


Para colar as peças de alumínio no bambu, é utilizado resina artesanal feita de cola de mamona


A cola, que chega pronta na fábrica, é mistura ao endurecedor. O resultado é uma resina sem cheiro e bastante aderente. "O bambu e a peça de alumínio, quando colados, viram um só. A resina expande e ocupa todo o ar", explica Daniel Guth, coordenador do programa 


As peças são coladas e encaixadas com o auxílio do gabarito de ponteamento para o quadro ficar no padrão 


Depois de coladas, as bicicletas ficam descansando de três a quatro horas para secar 


Após esse período, os quadros são limpos e levados para última inspeção, antes de serem adesivados 


O último teste consiste no alinhamento para verificar se está adequado para receber a roda. “Se tiver algum problema, quebramos o quadro, pois as peças não se descolam mais”, explica a gerente de produção, Adriana Alves Carvalho 


Após o último teste, as bambucicletas são adesivadas para facilitar a identificação. Desde o início do projeto, em junho deste ano, nenhuma foi roubada 


Os alunos recebem a bicicleta equipada com bandeirinha, espelho retrovisor, bagageiro, campainha e luzes. Também ganham um kit com alforje, espelho e colete refletivo 


Os CEUs têm paraciclos no local, feitos de bambu, que comportam dez bicicletas e ficam instalados em local fechado, dentro da unidade 


Dois monitores acompanham o grupo de alunos ciclistas durante o percurso. Eles passam por um curso de formação com duração de um mês, no qual aprendem sobre o Código Brasileiro de Trânsito, atendimento de primeiros socorros, teoria e história da bicicleta e ainda dicas sobre didáticas para jovens 


Durante o trajeto, os monitores guiam os alunos e sinalizam para outros automóveis para garantir a segurança dos ciclistas


As meninas também aderem ao projeto e, em algumas unidades, são maioria no grupo composto por alunos de 12 a 14 anos


Em ruas mais largas, o grupo ocupa duas faixas da rua, orientado pelos monitores. A população do bairro recebe folhetos explicativos sobre o trajeto e os horários em que os alunos vão passar 


O percurso dura em média cerca de 20 minutos e são feitos quatro vezes por dia, sempre antes do inicio e no término de cada período de aula. Os alunos podem levar as bambucicletas para casa enquanto fazem parte do projeto 


"É privilégio ir de bicicleta para escola. Além de incentivar as pessoas a praticar mais exercício, acho a bambucicleta muito bonita", conta a estudante Caroline Santos 


Cerca de 700 já usam a bambucicletas para ir até os CEUs paulistanos. Até o final do ano, a Secretaria Municipal de Educação pretende colocar mais 3.900 estudantes para pedalar 

CABRÁLIA NEWS

FONTE:

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