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sábado, 25 de agosto de 2012

O lixão de Cabrália precisa de solução


(clique na imagem para ampliar a foto)

Com a edição da Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305 de 2010), ficaram estabelecidas as responsabilidades de cada setor da sociedade sobre o destino final do lixo. As responsabilidades são agora compartilhadas entre governo, indústria, comércio e consumidores. 

A sanção da Lei trouxe mais obrigações para os gestores públicos. Nas palavras da Ministra Izabella Teixeira, “a lei é para mudança. Não é possível que tenhamos mais lixões.” 

Em Cabrália o problema é sério. O lixão de Cabrália precisa de solução. Está Próximo da nascente do Rio da Grama e próximo de áreas residenciais. Está a menos de 300 metros da nascente, a um quilômetro da “Tânia”, menos de 500 mts do “Geraldão” e da comunidade rural dos Campos do Camurugi. Todos são bairros populosos e direta ou indiretamente se utilizam das águas do Rio Grama, que é afluente do Rio Camurugi, e este por sua vez do Rio João de Tiba. 

Como o lixão está no platô, com vertente para o Rio Grama, não tem jeito, o chorume desce para o Grama, e ai vai até o Camurugi e na sequência para o João de Tiba. 

Incêndios provocados no lixão queimaram toda a borda da mata atlântica que o rodeia. A coleta é muito ruim. Parte do lixo coletado na cidade que vai para o lixão, fica no meio do caminho, pois não existe o cuidado no transporte e o lixo vai caindo pela estrada, pela ação do vento. 

Os catadores de lixo, para conseguir garimpar alguma coisa no lixão, acabam colocando fogo para espantar moscas, e isto provoca, além dos incêndios, fumaça e mal cheiro. 

Existem algumas famílias que fizeram do lixão sua casa, e ali moram em barracos improvisados, em condições subumanas, com filhos menores, sem escola, e expostos a doenças de toda sorte. 

O lixo hospitalar, não passa por qualquer tratamento ou beneficiamento. É simplesmente enterrado em valas comuns. 

Tudo isto apenas no lixão de Cabrália. Sem contar com outros lixões na região. Ponto Central, Santo André, Santo Antonio e Guaiú. 

Tema difícil. Solução tem. Deve iniciar com conscientização da população na separação do lixo caseiro, e dai em diante é só questão organização na administração pública. 

Poucos sabem, mas temos em Cabrália uma Usina de Transbordo e Reciclagem desenvolvida pela UFV (Universidade Federal de Viçosa) para cidades até 40mil habitantes. Foi construída em 2007, e funciona mal pela falta de apoio municipal. 

O Poder Público não pode desprezar a possibilidade de aproveitamento de uma Usina de Transbordo deste porte. Já resolveria pelo menos o problema do lixão da sede. Neste sistema, os caminhões recolhem o lixo e entregam nessa usina onde o material passa por uma banca de triagem, onde é separado o lixo orgânico do inorgânico. 

O orgânico, composto de sobra de cozinha, vegetais provenientes de podas e outros são encaminhados para os campos de compostagem e viram adubos e fertilizantes, que são vendidos a produtores rurais. 

O lixo inorgânico, composto por plásticos, latinhas, papeis, metais, vidros e diversos outros materiais, são separados e seguem para as indústrias de reciclagem, gerando renda aos catadores (que podem ser organizados em Cooperativas) e evitando poluir a natureza em lixões e proporcionado aos catadores uma nova vida com um mínimo de cidadania. 

Vejam então vocês, que o problema pode ser resolvido até com certa facilidade. Quando pensamos em lixão, pensamos logo em grandes soluções. Nada disso. Solução simples, coleta seletiva. 

Agora, isto precisa ser organizado pelo poder público. E os passos para tal organização são também simples. Informar, implantar, organizar, fiscalizar, e, porque não, premiar a cada mês com algum benefício, aquele bairro onde a coleta tiver funcionado melhor, com respeito aos horários dos caminhões e melhor separação do lixo. 

Ideias simples e soluções baratas. Esta a filosofia do PARTIDO VERDE em Santa Cruz Cabrália. 

Serjão é agrimensor e filiado ao Partido Verde em Santa Cruz Cabrália
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