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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Jato executivo de PORTO SEGURO - BA quase bate em torre de tensão



O jato executivo que sofreu um acidente no último domingo, no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, passou a poucos centímetros de torres de alta tensão. Segundo o chefe da delegacia da Polícia Federal de Congonhas, Joel Alonso, por pouco o acidente não foi pior. “Se batesse nas torres, elas iriam cair e poderia ter havido uma explosão. Eles nasceram de novo.”

Elaine Damaceno Rodrigues Gail, de 37 anos, mulher do piloto e dono do avião, Michael Rumpf-Gail, de 66, esteve nesta segunda-feira à tarde na delegacia para buscar os pertences que ficaram no avião. Ela contou ao delegado, informalmente, que ainda está muito abalada e que as imagens do acidente não saem de sua cabeça. Segundo Elaine, foi ela que, com medo de uma explosão, soltou o cinto de segurança do marido e do co-piloto, Rafael Martinetto Ferreira, de 21, e os tirou do avião.

O casal mora na região do Morumbi, na Zona Oeste da capital, e voltava de Florianópolis (SC). O acidente ocorreu por volta das 17h30 de domingo. O jato, que pousou na pista auxiliar do aeroporto, aparentemente não conseguiu frear, desceu pela cabeceira e por pouco não invadiu a Avenida dos Bandeirantes.

Segundo o colunista do DIÁRIO Leandro Mazzini, Gail é dono do condomínio de luxo Terravista, em Porto Seguro (BA), e piloto só nos fins de semana. Haveria suspeita de negligência na aterissagem porque Gail teria freado muito atrasado.

Além do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes), a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Polícia Federal vão investigar as causas do acidente. A pena em casos de imprudência, negligência ou imperícia do piloto ou do responsável pela manutenção da aeronave varia de seis meses a dois anos de detenção. Segundo o Cenipa, três investigadores estiveram no local do acidente na noite de domingo. A aeronave possuía caixa preta, que foi retirada para análise. A previsão é que o jato seja removido nesta terça pela empresa responsável, Tropic Air Táxi Aéreo.

A Anac informou que tanto a aeronave quanto os pilotos estavam em situação regular.

Inquérito do MPF apura segurança em Congonhas

Um inquérito civil público do MPF (Ministério Público Federal) investiga as condições de segurança do Aeroporto de Congonhas , na Zona Sul da cidade.

O MPF vem tentando na Justiça, desde 2007, que a Infraero (estatal que administra Congonhas) e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) adotem integralmente recomendações feitas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), logo depois do acidente com o avião da TAM, que matou 187 pessoas em julho de 2007.

Uma das recomendações limitava pousos e decolagens à condição de “pista seca”. Outra determinava a implantação de uma área de escape como medida de segurança.

Passados mais de cinco anos do acidente, a Anac tem utilizado o critério de liberar a pista, em dias de chuva, quando a espessura da lâmina d’água for menor que 3 milímetros, por entender que a recomendação valia apenas quando ainda não havia grooving (ranhura para aumentar o atrito e ajudar na frenagem das aeronaves).

Quanto à área de escape, optou-se pela diminuição da pista, para que reste um espaço de segurança.

A Anac e a Infraero afirmam que as recomendações estão sendo cumpridas e foram, inclusive, criados parâmetros para as operações, como determinava o documento expedido pelo Cenipa. O MPF, no entanto, considera as medidas insuficientes.

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