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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Morcegos-vampiros atacam pessoas no norte do Brasil



A devastação das matas e a introdução da pecuária são as causas dos ataques.


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Aumento de ataques é fruto do desequilíbrio ambiental.


Ao contrario do que pensa a imaginação popular, apenas três das quase mil espécies de morcegos existentes na Terra alimentam-se de sangue. Destas, só uma utiliza sangue de mamíferos. Trata-se do Desmodus rottundus, encontrado no Brasil.


Mesmo assim, é muito raro ocorrerem ataques a seres humanos. Quando isso acontece, o desequilíbrio ambiental é sempre a causa do problema. O desmatamento e a caça indiscriminada são os principais motivos de os morecegos saírem das matas e invadirem os ambientes humanos.




O folclore popular, curiosamente importado do leste europeu, criou a fama de que os morcegos são animais maléficos, que chupam o sangue das pessoas para matá-las e apoderar-se de sua energia, mas a verdade é que, mesmo quando os ataques em humanos acontecem, a quantidade que pode ser retirada de uma pessoa é de, no máximo, 20 mililitros, o equivalente a três colheres de sopa e, portanto, insuficiente para matar. O perigo, tanto para os animais quanto para os humanos, é a transmissão da raiva, que acontece se o morcego estiver infectado.




Todos os anos, dezenas de pessoas morrem no Norte e Nordeste do Brasil, principalmente nos Estados do Maranhão e Pará, vítimas da raiva transmitida pela saliva desses animais. Os dados não são precisos por causa da falta de pessoal habilitado para a contagem, mas estima-se que o número de ataques tenha aumentado nove vezes nos últimos dois anos, chegando há mais de oito mil. É importante frisar, no entanto, que só uma pequena parcela da população de morcegos está infectada com a raiva.




O desmatamento das florestas nativas para a implantação de pastos e lavouras, ou para a extração de madeira, é o que motiva o Desmodus rottundus a sair de seu ambiente natural e a procurar os pequenos vilarejos nas bordas das matas. A introdução do gado em regiões onde antes ele não se encontrava também é responsável por uma oferta excedente de alimento para os morcegos hematófagos (eles se alimentam principalmente com o sangue dos bois), o que causa um aumento desmedido da população desses animais.


Uma vez instalada no organismo humano, a raiva é incurável e leva o infectado à morte na grande maioria dos casos.




Para efetivar seu ataque, o morcego “vampiro” consegue identificar o calor do sangue da vítima por baixo da pele. No caso do homem, geralmente ele crava seus dentes incisivos nos dedos dos pés enquanto as pessoas estão dormindo. A mordida é praticamente indolor e imperceptível. O morcego injeta uma substância anticoagulante, a desmoteplase, que faz com que a ferida sangre continuamente enquanto ele chupa o sangue com a língua. Por esse motivo, a medicina já estuda um modo de usar essa substância anticoagulante no tratamento de várias moléstias coronarianas, tirando proveito do que hoje é uma praga para muitos vilarejos e pequenas localidades.




É importante salientar que os morcegos, em geral, são animais muito úteis e indispensáveis para o equilíbrio ambiental. A grande maioria das espécies se alimenta de pequenas frutas, polinizando as matas e espalhando sementes que garantem a manutenção da flora nativa.
Os ataques de morcegos hematófagos contra animais e humanos, bem como a transmissão da raiva e de outras doenças podem ser combatidas por ações sanitárias governamentais. Já a matança indiscriminada de morcegos é extremamente danosa para o meio ambiente. (Postado por O Controle da Mente – Fonte: dincao.com.br)
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