Quatro pessoas acusadas de pertencer à quadrilha do traficante André Marques de Jesus, o Buiu, foram presas em uma operação da Polícia Civil. Na ação, outras duas pessoas conseguiram fugir. Os mandados de prisão foram cumpridos quarta-feira, 31 de outubro, em Porto Seguro.
Os policiais informam que apreenderam cinco quilos e meio de maconha, 400 gramas de crack e cocaína, uma balança de precisão, roupas camufladas, um par de coturno, um cofre e um computador. Segundo o delegado Evy Paternostro, coordenador regional da Polícia Civil, foi o resultado da Operação Shark, que começou em junho deste ano.
Os detidos
José Raymundo Oliveira Souza, 46 anos, Elma Conceição Silva, 22, Catiane Lisboa Mendes, 26, e Jeovânia Menezes de Oliveira, 22 anos, foram apresentados à imprensa na manhã de quinta-feira, 1º, na sede da 23ª Coorpin, em Eunápolis. Conseguiram fugir Elvis Conceição Silva, 26 anos e Inais Maron Menezes, 63.
Elvis é irmão de Elma, que, por sua vez, é mulher de Buiu – apontado como o mandante dos ataques a ônibus no bairro Baianão no ano passado. Com três mandados de prisão em aberto, Buiu permanece foragido. “A única coisa que podemos informar é que a Polícia Civil, Polícia Federal e outros órgãos da segurança estão atentos ao André [Buiu]”, afirmou Evy.
Mulher de Buiu, Elma já respondia pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, mas como deu à luz um filho do traficante, foi beneficiada com a prisão domiciliar em julho. “Qualquer mudança de endereço ou saída deveria ser com prévia autorização judicial. Ela foi flagrada praticando atos que configuram tráfico e associação para o tráfico. Por conta disso, a justiça decretou uma nova prisão preventiva”, disse o delegado.
Todos foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico. As penas previstas, caso sejam condenados, varia entre oito e 25 anos prisão. José Raymundo negou as acusações. Afirmou que é eletricista e que tem uma fábrica de vassoura no bairro Baianão. As mulheres não quiseram prestar declaração.
Assalto a Alex Avancini
O delegado acrescentou que as investigações também apontaram que Elvis participou do assalto ao empresário Alex Avancini, em Itabela, e ao ex-prefeito de Itamaraju, Frei Dílson, em junho. As vítimas foram agredidas e tiveram suas caminhonetes roubadas. Apenas o veículo do Freio Dílson foi encontrado com um comparsa de Elvis, segundo Evy.
O delegado acrescentou que o desfecho da Operação Shark teve apoio de policiais militares do 8º Batalhão e de duas equipes da 6ª Coorpin, de Itabuna.
Texto e fotos: Radar 64
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