Na verdade o que existe, é um grande apedrejamento da política regional. Uma grande crise de identidade nas representações.
O que se observa durante esses últimos dias que precedem às eleições são diversas reuniões programáticas por parte dos pré-candidatos Rui Costa e Lídice da Mata. Reuniões feitas na capital do Estado, sem que estejam presentes as representações políticas desta região, capazes de agregar valores, e discutir os interesses desta comunidade, de igual para igual.
O que vemos são representações nanicas e egoístas. Uma mistura de cabos eleitorais com caciques frágeis. O que vemos são políticos viciados, desprestigiados, incapazes de sentarem-se em torno da fogueira, para discutirem a região e o futuro dela.
Vejam por exemplo, a dissonância entre os ex-prefeitos de Eunápolis, Robério Oliveira e Paulo Dapé. Entre o prefeito de Guaratinga, Kenoel Viana e o ex-gestor Ademar Pinto. Entre o ex-prefeito Ubaldino Pinto e os demais ex-gestores de Porto Seguro. E tantos outros. Por outro lado estão os deputados eleitos por esta região, parlamentares que têm se mostrado fragilizados, e comprometidos com o Governo Estadual e outras forças até o nariz. Uma forma mesquinha de fazer política.
Vejam os casos dos deputados de outras regiões, que aqui chegam vestidos de defensores do povo, usam os microfones das emissoras de rádios da região para alfinetaram as já fragilizadas lideranças políticas regionais. Muitos batem palmas, e se alegram com todo esse circo, ou seja, com toda essa palhaçada.
E, assim, seguem-se as eleições anos após anos. Nas pautas das discussões políticas na capital, a Costa do Descobrimento, não está inclusa, justamente porque na mesa não se encontram as representações políticas, com forças e prestígio para falar em nome deste povo.