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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Estudo diz que maioria dos brasileiros está infeliz no sexo


"O sexo no Brasil não é satisfatório para uma boa porcentagem da população", de acordo com Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do ProSex (Programa de Estudos em Sexualidade) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo). A informação é confirmada pela pesquisa Durex Global Sex Survey, conduzida pela fabricante de preservativos com 1.004 brasileiros de forma anônima. O estudo mostrou que 51% dos homens e 56% das mulheres estão insatisfeitos com a vida sexual. Por que o sexo anda tão ruim? Além de Carmita, a ginecologista Caroline Nakano Vitorino, especialista em Sexualidade Humana pela Faculdade de Medicina da USP, e o psicólogo Oswaldo Rodrigues Júnior, diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade), fizeram um levantamento das principais razões dessa insatisfação. FAMA DO BRASILEIRO: a comparação com a ideia que o mundo tem do brasileiro, visto como bem resolvido e bom de cama, interfere na vida sexual. Nem sempre tudo o que costumam dizer por aí condiz com o que acontece entre quatro paredes. "A pessoa começa a ficar insatisfeita, pois a percepção que o mundo tem da sua sexualidade não corresponde ao que ela efetivamente faz", explica a psiquiatra Carmita Abdo. Ater-se a um padrão inexistente só atrapalha, levando a estabelecer expectativas às vezes altas demais.
FALTA DE SINTONIA DO CASAL: enquanto um está com vontade de transar pela manhã, o outro prefere esperar a noite chegar. Duas relações sexuais por semana satisfaz um, porém é demais para o outro. A inadequação entre os casais, de desejo, frequência e práticas, é uma das principais causas da insatisfação. "Existem dificuldades em lidar com as diferenças do outro e com a frustração de não ter o que se gosta", afirma o psicólogo Oswaldo Rodrigues, diretor do Inpasex.
MITOS, TABUS E PRECONCEITOS: tamanho do pênis, orgasmos múltiplos e quantidade de relações sexuais ainda são preocupações dos brasileiros. Mitos relacionados a esses aspectos, além de muitos tabus e preconceitos, prejudicam a qualidade da vida sexual. Na pesquisa promovida pela Durex, apenas 7% declararam não ter tabus sobre sexo. "Somos uma sociedade que se formou em uma estrutura patriarcal, machista e com conceitos religiosos rígidos", diz a ginecologista e sexóloga Caroline Nakano Vitorino.
DIFICULDADES SEXUAIS: segundo a psiquiatra da USP Carmita Abdo, cerca de 25% dos homens sofrem de ejaculação precoce. Os problemas de ereção atingem de 30% a 45% da população masculina, dependendo da faixa etária. Entre as mulheres, um terço nunca chegou ao orgasmo e muitas reclamam da falta de desejo sexual. Essas relevantes dificuldades sexuais impedem o exercício pleno da sexualidade. "Existem tratamentos para todos esses problemas, que poderiam deixar de ser mais um fator de insatisfação", afirma Carmita.
VERGONHA DE BUSCAR TRATAMENTO: apesar dos altos índices de dificuldade sexual no Brasil, poucos procuram ajuda. O estudo da Durex mostrou que mais de 60% dos entrevistados têm dificuldade em admitir um problema sexual. Os pacientes com essas queixas costumam demorar de dois a cinco anos para buscar tratamento. Muitos acabam mascarando a situação. "O brasileiro usa desculpas sociais que são compreendidas como justificativas verdadeiras pelos outros. Um exemplo é o trabalho ou o estresse", observa o psicólogo Oswaldo Rodrigues.
PROBLEMAS DE SAÚDE: uma vida sexual satisfatória depende, também, do estado geral da saúde física e emocional do indivíduo. Problemas como diabetes, alterações hormonais e obesidade influenciam na capacidade e disposição para o sexo. "Ansiedade, depressão, hipertensão e problemas cardiovasculares são apenas algumas das doenças que ocorrem ao longo da vida da pessoa e interferem na vida sexual", acrescenta a psiquiatra Carmita Abdo
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