No próximo dia 23, tropas militares e equipamentos começam a chegar à capital baiana. Informou o Comandante do 2° Distrito Naval Flávio Almeida em visita realizada ontem, pela manhã, à redação da Tribuna, para falar sobre as estratégias de atuação das Forças Armadas durante o Mundial de Futebol 2014.
De acordo com o Comandante, o número de militares das Forças Armadas - Marinha Exercito e Aeronáutica - que atuarão durante o evento será de 2.300. Almeida destacou também que o quantitativo é menor comparado com a Copa das Confederações que foi de 3.200 militares. O efetivo está dividido por mais cidades-sede, sendo 12 no Mundial contra seis na Copa das Confederações. “A partir da experiência da competição adquirida em 2013, identificamos que esse número de 2.300 militares é suficiente para o evento”, afirmou.
As estratégias de defesa, aplicadas pelas Forças Armadas, segundo o comandante, integram as de Segurança Pública (Policias, Civis, Militares e Federal ).
A coordenação das Forças Armadas ficou por conta da Marinha, sob a responsabilidade do vice-almirante Luiz Henrique Caroli, que responderá também por cidades como Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Mata de São João, também na Bahia, e Aracaju (SE), cidades onde ficarão as seleções que disputarão o torneio.
Com data prevista para ser ativado no dia 23, o Centro de Coordenação de Defesa de Área (CCDA), instalado na sede do Comando do 2º Distrito Naval, no Comércio, desenvolverá e coordenará todas as ações, inclusive com a presença de representantes das Secretarias da Segurança Pública (SSP), polícias Militar e Federal.
A primeira partida em Salvador ocorrerá no dia 13 de junho (Espanha X Holanda). Em seguida haverá Alemanha X Portugal (dia 16/6); Suíça X França (20/6); Bósnia X Irã (25/6); Oitavas de final (1º/7); Quartas de final (5/7).
“No Centro, teremos equipamentos de última geração que nos darão informações de câmeras, das tropas e de helicópteros”, destacou o comandante.
Estratégias de atuação
Tanto na orla marítima de Salvador quanto na Baía de Todos os Santos, a defesa será realizada pela Marinha. Na Baía de Todos os Santos, por exemplo, cerca de 650 militares da Marinha utilizarão uma fragata com um helicóptero UH-12 (Esquilo) embarcado, além de navios patrulha, navios varredores e embarcações de inspeção naval.
As ações, no mar, serão para patrulhar toda a costa soteropolitana e o interior da baía. “Teremos militares aptos para abordar as embarcações e realizar abordagem nas que forem consideradas suspeitas”, salientou Almeida.
Um quantitativo de 1.115 militares ficará responsável pela proteção de oito estruturas estratégicas, inclusive das subestações de energia elétrica e telecomunicações distribuídas na Região Metropolitana da capital e no interior do estado.
“Haverá proteção em tempo integral do Exército para que o funcionamento dos jogos não seja comprometido”, disse. Outra ação de responsabilidade do Exército destacada pelo comandante é referente a fiscalização de explosivos e a formação de uma força de contingência, se houver necessidade de intervenção, a exemplo da Polícia Militar.
A defesa química, biológica, radiológica e nuclear, e a prevenção e combate ao terrorismo e ao tráfico também farão parte das ações.
Tribuna da Bahia