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sábado, 8 de novembro de 2014

Miseráveis são mais de 10 milhões

Em 2012 eram 10.081 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza (menos de R$ 70 por mês); em 2013 mais de 371 mil entraram para o grupo de indigentes. Governo nega que a miséria cresceu.
Segundo dados apurados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a miséria voltou a subir no Brasil em 2013. O instituto mostra que, entre 2012 e 2013, houve um aumento de 3,68% no número de indivíduos considerados abaixo da linha da pobreza, ou indigentes — passaram de 10.081.225 em 2012 para 10.452.383 no ano passado, ou seja, mais de 371.000 pessoas entraram para o grupo de miseráveis no período. 
Este foi o primeiro aumento desde 2003, quando o indicador passou a cair ano a ano.

A linha de extrema pobreza levada em conta pelo Ipea é uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa, com base em recomendações da FAO –órgão da ONU para a agricultura e alimentação – e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os números, que constam do banco de dados Ipeadata, foram apurados pelo Ipea com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro. A análise social da Pnad é feita anualmente pelo Ipea. Contudo, neste ano, o Instituto optou por adiar a divulgação do levantamento alegando seu impacto no cenário eleitoral.
Coincidentemente, em 2010, quando a análise mostrava melhora nos indicadores sociais, o Instituto fez a divulgação entre o 1º e o 2º turno. Os dados sobre o aumento da miséria foram publicados no Ipeadata no dia 30 de outubro.
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