Depois de ser enterrado na área de covas rasas, o túmulo de Wellington Menezes de Oliveira amanheceu com um buquê de monsenhores brancos e sinais de que velas teriam sido acesas.
De acordo com o coveiro André Luiz Oliveira, de 31 anos, ontem à tarde, um grupo de cerca de cinco pessoas esteve no túmulo do
assassino, acendeu velas e rezou por bastante tempo.
— Uma das senhoras disse que era kardecista e veio rezar pela alma dele. Mas não sei dizer se as pessoas eram da família — afirmou o funcionário, que na sexta-feira enterrou o corpo do autor do massacre da Escola Tasso da Silveira, em Realengo.
André Luiz disse não acreditar que vândalos venham ao cemitério do Caju para realizar protestos na cova, assim como fizeram na casa onde o atirador havia morado com a família, em Realengo.
Massacre
No dia 7 de abril, Wellington entrou na escola, em que havia estudado, se fazendo passar por um palestrante. Ele matou 12 crianças entre 11 e 14 anos. Outras 12 ficaram feridas e três permanecem internadas.