A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que se o preço do barril de petróleo seguir no atual patamar de US$ 120, o que é previsto por alguns analistas, será "inexorável" fazer um reajuste nos combustíveis. A executiva considera que o barril pode até bater em US$ 130 antes de recuar.
Em entrevista à Folha, a mandatária evita, porém, dizer quando exatamente deve ocorrer esse aumento, reivindicado pela área técnica da empresa, mas por enquanto negado pelo principal controlador da estatal, o governo federal, que teme pressões sobre a inflação neste ano.
"Eu não quero antecipar prazo, se é daqui a três, daqui um mês", afirmou. A presidente da estatal considera normais a influência e a interferência do governo nos negócios da empresa. "Olha, o controlador interfere nas suas empresas sempre. Aquele que tem maior número de ações tem maior poder sobre a empresa", afirmou.