Começou aos 13 anos. Nicola Carpenter foi a um cemitério com um grupo de amigos no dia de Halloween e foi a única a se sentir confortável naquele ambiente. E, a partir daí, ela passou a visitar cemitérios de forma compulsiva, desenvolvendo taphophilia - fascinação por túmulos e cemitérios.
"Sempre tive interesse em cemitérios. Aos 7 anos eu costumava brincar em um cemitério vitoriano. As outras crianças ficavam horrorizadas, mas eu gostava das estátuas e imaginava coisas sobre os nomes nas lápides", contou Nicola, de 33 anos, em reportagem do "Sun".
A moradora da pequena Maidenhead (Inglaterra) costuma passar várias horas do dia em sites que enfocam a taphophilia e compartilha fotos com outros internautas obcecados pelo mesmo tema.
Na adolescência, o que era apenas um local de brincadeiras se tornou uma verdadeira obsessão para a inglesa, que tem três filhos.
Apesar de passar bastante tempo em cemitérios, Nicola relatou ter tido apenas uma experiência "de outro mundo".
"Uma vez minha câmera não estava funcionando quando eu tentava fotografar uma câmera em particular. Depois de algum tempo, eu desisti e disse: 'Você não quer que eu tire sua foto? Quando voltei a tentar, a câmera funcionou. Não fiquei com medo. Acho que ele (o morto) só queria que eu pedisse permissão", contou.
O sonho de consumo de Nicola deve ser morar na Cidade dos Mortos, na periferia do Cairo (Egito), onde cerca de 1 milhão de pessoas moram em um cemitério ou nos prédios que surgiram nos arredores. A comunidade tumular se estende por cerca de 10 quilômetros em uma rodovia e comporta padarias, cafeterias, escolas para as crianças e teatros.
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