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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Revista alemã anuncia que vai publicar nova charge de Maomé



A revista satírica alemã “Titanic” anunciou nesta quinta-feira que irá um publicar uma charge de Maomé na capa de sua edição de outubro, em meio a violentos protestos contra o filme “Inocência dos muçulmanos” e caricaturas divulgadas pelo semanário francês “Charlie Hebdo” e a um debate sobre liberdade de expressão.


Em entrevista ao site do jornal “Financial Times Deutschland”, o diretor da publicação, Leo Fischer, disse que a capa da revista virá ilustrada com uma caricatura do profeta segurando nos braços Bettina Wulff, esposa do ex-presidente da Alemanha Christian Wulff, que renunciou ao cargo após um escândalo de tráfico de influência em fevereiro.

Segundo informações da agência EFE, Fisher acrescentou que a charge é na realidade uma crítica ao polêmico filme anti-Islã, chamado de “mal feito” pelo editor, e a “celebridades ultrapassadas que querem se beneficiar da crítica barata contra o Islã”. Ele também ressaltou que a revista não pretende republicar as charges da “Charlie Hebdo”, consideradas por ele “desinteressantes e grosseiras”.

A “Titanic” já se envolveu com inúmeras polêmicas com de supostos insultos ao Islã. Em 2005, ela republicou polêmicas charges criadas pelo jornal dinamarquês "Jyllands-Posten" e que geraram uma série de protestos pelo mundo islâmico. Um ano depois, a publicação alemã foi às bancas com a manchete “Comparação entre as religiões” e uma foto com diferentes tamanhos de órgãos sexuais masculinos, dos quais o menor era o de um muçulmano.

Bettina Wulff tem sofrido com diversas críticas da imprensa alemã não só relacionadas com o escândalo político de seu marido, mas com uma onda de boatos que se espalharam na internet e a levaram a iniciar um processo jurídico contra o gigante Google, cujo sistema de buscas sugere automaticamente a palavra prostituierte (prostituta) aos usuários que procuram informações sobre ela.
Organização síria faz denúncia formal contra a “Charlie Hebdo”

Uma pequena organização síria, com sede na França, entregou à promotoria uma denúncia formal contra a revista “Charlie Hebdo”, que publicou na quarta-feira charges de Maomé, em uma decisão que causou tensão no governo francês e temores de ataques a instituições francesas em países de maioria muçulmana.
A organização Associação Síria pela Libertação acusa o semanário de “alimentar polêmicas ao divulgar a caricatura do profeta” e de “provocar a discriminação, o ódio e violência a um tipo étnico, racial ou religioso”. Ainda nesta quinta-feira, a aliança política egípcia Irmandade Muçulmana fez um apelo para que a Justiça francesa tome alguma atitude em relação à “Charlie Hebdo”, como fez com a revista “Closer”, no caso da divulgação do topless de Kate Middleton.

O líder da Organização pela Cooperação Islâmica, grupo que reúne 57 países, também condenou as charges da revista francesa. Ekmeleddin Ihsanoglu disse ter ficado “chocado e profundamente triste” com a publicação das caricaturas e alertou que elas têm um grande potencial de iniciar um nova onda de violência no mundo islâmico.


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