Em Sâo Desidério, no Oeste do estado, e em Barra, no Extremo-Oeste, sobrou para jornalistas que trabalham para candidatos. No primeiro município, a confusão aconteceu com os profissionais que estavam a serviço da campanha de Jusmari Oliveira (PSD), que disputa a reeleição em Barreiras. A equipe realizava filmagens no povoado Ponte de Terra, quando um militante sacou um facão, ameaçou agredir os jornalistas e quebrar os equipamentos, caso não parassem de filmar.
“Ele parou o carro do lado do nosso, desceu, pegou o telefone e começou a falar alto: ‘Sobe todo mundo para quebrar esse rebanho de vagabundo, sobe para quebrar todo mundo, sobe logo’”. Logo depois foi ao porta-malas de seu carro e pegou um facão”, relembra o jornalista Jessé Azevedo. A equipe filmava o município vizinho porque o candidato Zito Barbosa (PMDB) é ex- prefeito de São Desidério e agora disputa votos com Jusmari em Barreiras. O jornalista deu queixa na delegacia local.
Em Barra, a violência não ficou só na ameaça. No dia 17 do mês passado, o jornalista Pedro Moraes investigava a ocorrência de crimes eleitorais na ONG Centro de Estudo Socioambiental da São Francisco (Cesab-SF), e estava tirando fotos da fachada do local, quando o presidente da entidade, Hamilton Pinheiro, lhe agrediu com empurrões e ameaças.
Conforme boletim de ocorrência, ele ainda danificou seu equipamento. Todos os dois casos foram repudiados pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba). Na compreensão do procurador regional eleitoral auxiliar, Vladmir Aras, o cresci.
(Correio)