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domingo, 28 de outubro de 2012

Quase três em cada dez eleitores de SP não participaram da escolha do novo prefeito



O domingo ensolarado do segundo turno da eleição paulistana registrou dois recordes: o maior índice de abstenções desde a introdução da urna eletrônica, em 1996, e de dia mais quente do ano, chegando a 35,3º às 16h.

Somando abstenções e eleitores que votaram em branco ou anularam o voto, mais de dois milhões e meio dos eleitores aptos (29,3%) não participaram da decisão do novo prefeito de São Paulo. O recorde anterior num segundo turno foi em 1996, com 24,6% dos eleitores paulistanos. O índice atual é maior que o de 28,9% dos eleitores que se abstiveram ou não votaram em ninguém no primeiro turno deste ano.

Embora tenham caído os votos em brancos e nulos, as abstenções aumentaram. De 18,5% no primeiro turno, elas passaram para 20% da mesma base de eleitores ontem. "Esse número não é irrelevante e ainda será objeto de muitas análises", afirmou o juiz Henrique Harris Júnior, da 1ª Zona Eleitoral e responsável pela eleição na capital, observando que muitos eleitores de candidatos que ficaram fora da final podem ter deixado de votar.
Editoria de Arte/Folhapress 


Não é possível saber, porém, quantos eleitores aparecem como abstinentes por desatualização do cadastro do TRE-SP -na lista, por exemplos, pode haver eleitores que mudaram de cidade ou que morreram. Curitiba, que fez o recadastramento neste ano, teve 10% de abstenções na eleição de hoje. No primeiro turno de 2008, houve foram 14% de abstenções.

Considerando apenas as abstenções, o recorde anterior em São Paulo, no segundo turno municipal, ocorreu em 1996: 18%. Naquele ano, Celso Pitta (já morto, então no PPB de Paulo Maluf) foi eleito prefeito. Não foi um fenômeno apenas paulistano. No agregado de todas as cidades que tiveram turno no Brasil, naquele ano, 19,4% dos eleitores preferiram outras formas de aproveitar o dia ou constavam de cadastros desatualizados.

Dentre os paulistanos que foram votar, 9,3% dos eleitores aptos rejeitaram escolher entre Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), preferindo votar em branco ou nulo. As duas opções são desconsideradas no resultado final.

Em São Paulo, quase 800 mil eleitores, com 99,7% das urnas apuradas, foram votar mas não escolheram ninguém. Foram 3,5% os eleitores que utilizaram a opção "Branco" já oferecida na urna. Outros 5,8% dos eleitores que compareceram digitaram um número inexistente e votaram nulo.

O recorde anterior era da eleição de 2000, quando 8,3% dos eleitores que foram às urnas rejeitaram escolher entre a hoje ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), que venceu a eleição, e o hoje deputado federal Paulo Maluf (PP).
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