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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PCdoB-BA analisa desempenho eleitoral e projeto político




Na primeira reunião após as eleições, os dirigentes do Comitê Estadual do PCdoB na Bahia iniciaram, no dia 1/12, no Hotel Sol Barra, em Salvador, a avaliação do desempenho eleitoral e sua vinculação com o projeto político do partido no estado. A análise se deu a partir da constatação de vitória nacional e estadual das forças do campo político que o PCdoB integra no confronto com as forças conservadoras.

A reunião da direção do partido, composta por 63 dirigentes, também iniciou o debate sobre o projeto do PCdoB para os próximos dois anos, incluindo as eleições de 2014.

As comunistas e os comunistas baianos consideram que o campo político de apoio ao governo Wagner obteve vitória. Nos 417 municípios do estado, os partidos da base elegeram 352 prefeitos e prefeitas. O PT obteve a maior vitória alcançando êxito em 93 municípios, representando 25% das prefeituras da base aliada. O PSD, do vice-governador Otto Alencar, conquistou 71 prefeitos e prefeitas, o PP elegeu 46, o PSB atingiu 28 prefeituras e o PCdoB, 13. 

De acordo com o presidente do PCdoB-Bahia, deputado federal Daniel Almeida, que iniciou os debates, os partidos de oposição perderam fôlego, tendo o DEM alcançado a eleição de oito prefeitos e o PSDB apenas nove prefeituras. A vitória do DEM nos dois maiores municípios baianos, Salvador e Feira de Santana, animou a oposição e revelou que a liderança do governador Wagner e a presença de Lula e da presidenta Dilma nas campanhas majoritárias em Salvador e Feira, não foram suficientes para evitar a derrota do PT e das forças democráticas nesses dois municípios.

Para o deputado Daniel Almeida é necessário analisar os fatores que levaram à derrota, especialmente em Salvador. “É multifatorial, mas sem dúvida que diante da polarização que como tal traz desgastes, ganhar o debate político, conseguindo alcançar o eleitor, é fundamental”, analisa Daniel.

Crescimento do PCdoB

O PCdoB dá sequência ao seu crescimento continuo e gradativo. Nas últimas eleições, implementou o projeto mais abrangente e sem precedentes na história do partido na Bahia. Lançou candidaturas em 348 municípios, concorrendo para a prefeitura em 46 cidades e em 65 com candidaturas à vice-prefeitura. Para as eleições proporcionais, concorreu com 1.903 candidatos e candidatas a vereador. Disputou prefeituras em municípios de grande expressão no estado, a exemplo de Juazeiro, Guanambi, São Sebastião do Passé, Poções, Gandu e Riachão do Jacuípe.

Destacam-se o êxito na reeleição de Isaac Carvalho, em Juazeiro; a manutenção da prefeitura de Gandú e a conquista da prefeitura de Poções. A vitória em Itabuna revela o êxito da tática adotada, cujo projeto tem protagonismo do partido. O PCdoB obteve vitória em 22 municípios para a vice-prefeitura, entre os quais grandes cidades, a exemplo de Itabuna e Teixeira de Freitas.

Candidaturas do PCdoB ficaram em segundo lugar em 22 municípios, não alcançando a vitória por uma diferença de menos de 100 votos. Nas eleições proporcionais, o partido ampliou de 150 para 223 vereadores eleitos no estado. As 22 vice-prefeituras e a ampliação do número de vereadores, dentre os quais 10 vereadores são da Região Metropolitana de Salvador, revela o crescimento da influência política do partido.

Salvador

Para a direção estadual, a tática encaminhada em Salvador se demonstrou adequada à realidade política da disputa. O partido decidiu compor em torno do projeto liderado pelo governador Wagner com a chapa Pelegrino para prefeito e Olívia vice-prefeita, participando com protagonismo de um amplo projeto que uniu 15 partidos com o objetivo de enfrentar o retrocesso representado pela candidatura do DEM.

Nesse cenário, não foi possível manter o justo desejo do PCdoB da candidatura da deputada federal Alice Portugal. O partido formou em Salvador chapa própria para vereador e manteve o espaço na Câmara Municipal com a eleição de dois vereadores, além de projetar o nome da vereadora Olívia Santana que ficou fortalecido politicamente.

Perspectivas

O Comitê Estadual considera que os partidos que apoiam o governo Wagner foram vitoriosos nas eleições de 2012. A oposição liderada pelo conservadorismo carlista que agregou o PMDB, PV e PTN se sente estimulada. Nesse cenário, o PCdoB defende a unidade dos partidos políticos que compõe a base do governo para enfrentar 2014 com o objetivo de dar prosseguimento ao projeto democrático liderado por Wagner na Bahia.

A liderança do governador na coordenação do projeto é o caminho para alcançarmos êxito. “Definir os espaços de cada partido, nesse projeto, e a composição da chapa majoritária para 2014 é debate que já se inicia e exige paciência e espírito público dos integrantes dos partidos”, defendeu Daniel.
O Comitê Estadual iniciou na reunião o debate sobre o projeto para as eleições proporcionais e considera que, no quadro atual na Bahia, o projeto envolve a recomposição da sua bancada federal de três deputados e a ampliação da bancada da Assembleia Legislativa, construindo uma ampla e numerosa chapa própria de candidaturas a deputado estadual.

Foi destaque a necessidade de dar celeridade a definição dos nomes do partido para a disputa para a Câmara dos Deputados. O projeto do PCdoB envolve a busca de condições que favoreçam, em coligação, a reeleição de Alice Portugal e Daniel Almeida e a definição de um terceiro nome.

Homenagem

A direção estadual da Bahia aprovou uma moção de pesar pela morte do ex- deputado federal Sérgio Miranda, que no final da década de 70 contribuiu decisivamente para a reorganização do partido na Bahia.

De Salvador,

Julieta Palmeira 
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