Em entrevista a uma repórter da Rede Globo de Televisão, Isa Maria, uma cobradora de ônibus do Recife foi cortada ao começar a expôr suas posições sobre o que veio a ser denominado "máfia dos transportes".
A atitude gerou aversão e polêmica nas redes sociais pelo fato de os cidadãos em greve terem sido impedidos de justificar, de modo pleno ou razoavelmente suficiente, as razões para os atos.
O canal "Vandalismo de mídia" relatou, ao publicar o vídeo:
A jornalista Isa Maria corta, ao vivo, a cobradora de ônibus no momento em que ela critica instituições que, aparentemente, estão do lado da Máfia dos Transportes. A quem interessa encobrir as relações entre os desembargadores do TRT 6ª região e os donos das empresas de ônibus do Recife? O que o Governo do Estado está fazendo, através do Grande Recife Consórcio de Transporte, já que o serviço prestado por concessão pública é de péssima qualidade e não há penalização alguma para as empresas? O que o Ministério Público de Pernambuco pode fazer para apurar as contas e publicidade das concessionárias que atuam no Recife e região metropolitana? Por que a imprensa “voltou” a criminalizar os movimentos sindicais e sociais? Por que impedir que as denúncias vão ao ar?
"Não temos ninguém por nós. Tem juízes, desembargadores e até mesmo o governador contra a gente...”.
Em greve desde o dia 01/07/13, os rodoviários da capital do estado, Recife, e região metropolitana tiveram a greve classificada como ilegal e “abusiva” pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª região, que determinou o aumento de 7% dos salários (a categoria pedia 33%, em contrapartida aos 3% oferecidos pelas empresas de ônibus), negou a obrigação das empresas darem cestas básicas aos funcionários de férias e julgou “suficiente” o aumento do ticket alimentação mensal de R$160 para R$ 171,20 - um aumento de cerca de 40 centavos nos R$ 6,15 por dia. Em caso de não cumprimento da determinação, a justiça estabeleceu uma multa de R$ 100 mil diários para o sindicato da categoria.
Qual é a sua posição a respeito? Trata-se de uma forma de eludir a exposição de justificativas por parte dos trabalhadores ou apenas um meio de controlar o tempo escasso e a programação do jornal? Comente e contribua para o diálogo democrático.
Marcos Camponi.
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