Origem desconhecida: A origem do papiro é desconhecida. Karen King, historiadora da Harvard Divinity School, conta que o recebeu de um colecionador, que pediu anonimato, em 2012. A pesquisadora ressalta que o fato de a ciência mostrar que o papiro é antigo não prova que Jesus era casado. "A questão principal do fragmento é afirmar que as mulheres que são mães e esposas podem ser discípulas de Jesus, um tema que foi muito debatido no início do cristianismo, num momento em que a virgindade celibatária era cada vez mais valorizada", explicou Karen em comunicado. Leo Depuydt, professor de Egiptologia da Universidade Brown, escreveu um artigo, também publicado no Harvard Theological Review, descrevendo por que acredita que o documento é falso. "O fragmento do papiro parece perfeito para um esquete do Monty Python", declarou, citando o famoso grupo de comediantes britânicos. Ele apontou erros gramaticais e a impressão de que as palavras "minha esposa" foram enfatizadas em negrito, recurso inexistente em outros textos coptas antigos. "Como um estudioso de copta convencido de que o fragmento é uma criação moderna, sou incapaz de fugir à impressão de que existe algo quase engraçado no uso das letras em negrito", escreveu. King publicou uma refutação às críticas de Depuydt, dizendo que o fato de a tinta estar borrada era comum e que as letras abaixo de "minha esposa" estão ainda mais escuras.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Análises apontam que papiro que menciona esposa de Jesus não é falso
Origem desconhecida: A origem do papiro é desconhecida. Karen King, historiadora da Harvard Divinity School, conta que o recebeu de um colecionador, que pediu anonimato, em 2012. A pesquisadora ressalta que o fato de a ciência mostrar que o papiro é antigo não prova que Jesus era casado. "A questão principal do fragmento é afirmar que as mulheres que são mães e esposas podem ser discípulas de Jesus, um tema que foi muito debatido no início do cristianismo, num momento em que a virgindade celibatária era cada vez mais valorizada", explicou Karen em comunicado. Leo Depuydt, professor de Egiptologia da Universidade Brown, escreveu um artigo, também publicado no Harvard Theological Review, descrevendo por que acredita que o documento é falso. "O fragmento do papiro parece perfeito para um esquete do Monty Python", declarou, citando o famoso grupo de comediantes britânicos. Ele apontou erros gramaticais e a impressão de que as palavras "minha esposa" foram enfatizadas em negrito, recurso inexistente em outros textos coptas antigos. "Como um estudioso de copta convencido de que o fragmento é uma criação moderna, sou incapaz de fugir à impressão de que existe algo quase engraçado no uso das letras em negrito", escreveu. King publicou uma refutação às críticas de Depuydt, dizendo que o fato de a tinta estar borrada era comum e que as letras abaixo de "minha esposa" estão ainda mais escuras.
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