A autora do estudo, Petya Eckler, entrevistou 881 estudantes universitárias sobre o uso do Facebook, imagem corporal, hábitos alimentares e exercícios físicos.
A pesquisadora percebeu que havia uma relação entre o tempo gasto no Facebook e a autoestima das estudantes. Quanto mais tempo gastavam na rede social, mais as mulheres entrevistadas ficavam comparando os próprios corpos aos das amigas.
Como consequência, elas passaram a dar mais importância à própria aparência física e ter sentimentos negativos sobre o próprio corpo ao ver as imagens de outras mulheres. A maioria das entrevistas (86%) afirmou querer perder peso, por exemplo.
"A atenção a atributos físicos pode ser até mais prejudicial nas redes sociais do que na mídia tradicional, porque as comparações são feitas com pessoas que conhecemos", afirma Eckler.
As comparações, prossegue a pesquisadora, são muito mais relevantes para a mulher quando são feitas com pessoas próximas. Mas as confrontações tendem, no final, a ser tão irrealistas quanto às feitas com modelos e atrizes que aparecem em revistas e na TV, indica a pesquisa.
Embora a pesquisa aponte que não há uma relação direta entre o tempo maior de navegação no Facebook e o desenvolvimento de distúrbios alimentares, a baixa autoestima corporal pode sim, gradualmente, levar ao problema, alerta Eckler.