quarta-feira, 16 de abril de 2014
Porto Seguro, Belmonte e Santa Cruz Cabrália sentem efeitos da greve da Policia Militar.
Enquanto o caos toma conta de Salvador e Feira de Santana, no interior a greve dos policiais ainda não elevou a criminalidade. Mas, apesar das autoridades negarem, o movimento que começou na capital baiana já se alastra pelo interior.
A Policia Militar de Irecê, área do 7º Batalhão, paralisou as atividades hoje pela manhã, sendo que, os policiais se encontram na unidade atendendo apenas casos extremos.
Já no extremo sul baiano as informações que temos é que as tropas de Ilhéus, Itacaré, Gandu, Ubaitaba, Una e Canavieiras já paralisaram o policiamento ostensivo, que é o policiamento feito com as viaturas fazendo rondas nas ruas. As informações constam que os policiais só estão saindo das suas respectivas unidades só para atender casos extremos. Em Itabuna os policiais aderiram ao movimento e já aconteceram alguns saques em supermercados e lojas. Também vem acontecendo alguns roubos e furtos a veículos e comércio.
Eunápolis, Extremo Sul da Bahia, as informações constam que ainda não se aderiu ao movimento e que os policiais ainda estão esperando o posicionamento das associações.Na Costa do Descobrimento, apesar de não termos um posicionamento do 8º Batalhão de Policia Militar, as informações que chegaram à nossa redação é que os policiais também aderiram ao movimento e os mesmos se encontram na unidade seguindo o mesmo exemplo das unidades citadas acima. O reflexo na cidade é que as agências da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil permanecem fechadas, mas o comércio funciona normalmente. Os ônibus na cidade circulam normalmente e não há registro de paralização. Também não foram registrados, até o momento, aumento dos índices de violência na cidade.
As cidades de Belmonte e Santa Cruz Cabrália também estão sem o policiamento ostensivo e os policiais se encontram nos quartéis. As agências bancárias permaneceram fechadas ao público por temer a falta de segurança nas duas cidades e os comércios fecharam as portas por volta das 17:horas.
Hoje, às 14:00Hrs, a ASPRA/Porto Seguro (Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia), convocou uma reunião dos policiais em sua sede para decidir os rumos do movimento e ficou firmada a decisão dos policiais permanecerem nas unidades e não ir para as ruas fazer o policiamento ostensivo através de rondas e operações. As orientações são de que os policiais, mesmo de folga, se dirijam às suas unidades para apoiarem os colegas de serviço e dar mais força ao movimento reivindicatório. Outras associações de policiais também estão convocando reuniões em todo o estado para passar aos policias a situação das negociações e os rumos do movimento.
A justiça baiana, a pedido do Ministério Público já decretou o movimento como ilegal. A justiça acolheu o pedido do Ministério Público e determinou que todos os policiais voltem às atividades e restabeleçam a segurança pública do estado sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (Cinquenta Mil Reais). A justiça ainda determinou que o governo do estado apresentasse um plano de contingenciamento de segurança que garanta a segurança social e jurídica. A ação foi ajuizada contra ao governo do estado e contra as seis associações representativas dos policiais, sendo elas: Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares (Aspra), Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM-BA), Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPM-BA Força Invicta), Associação dos Oficiais Auxiliares da Polícia Militar (AOAPM-BA), Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais da Polícia Militar da Bahia (ABSSO-BA) e a Associação dos Bombeiros Militares da Bahia – Associação Dois de Julho. A decisão partiu do desembargador plantonista Roberto Maynard Frank.
A população, além da falta de segurança, sofre com as falsas noticias que estão sendo disseminadas pelas redes sociais causando pânico na comunidade. Estão sendo noticiadas várias ocorrências que não estão acontecendo. Mas o clima é de insegurança e a comunidade não só da Costa do Descobrimento, mas de toda a Bahia, está sofrendo com os efeitos causados por causa da falta de entendimento entre governo e policiais militares.
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