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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Cantora de Cabrália Lili Rocha quer conquistar o Brasil



A cantora baiana Lili Rocha não tem medo de recomeçar. Com uma carreira consolidada na Europa e nos Estados Unidos, ela dá os primeiros passos em direção ao reconhecimento em sua terra natal. 
"Sou corajosa e ousada desde pequena. Me acostumei a enfrentar desafios", afirma Lili,  que canta em português, italiano, espanhol e inglês. A artista  tem cinco álbuns de estúdio gravados e com três deles ganhou disco de ouro na Itália. Outra marca da carreira é ter uma de suas músicas entre as mais executadas na América. A versão remix de I'm Alright chegou à 27ª posição na parada Dance Club da Billboard.
Lili Rocha nasceu em Santa Cruz de Cabrália, mudou-se para Ilhéus e começou a cantar ainda na adolescência  nas festas do sul do estado. Na terra do cacau, ela venceu um concurso que escolhia a cada dois anos uma moradora da região que se parecia com a Gabriela Cravo e Canela de Jorge Amado. Como prêmio, ganhou uma viagem para representar a personagem  e a cultura baiana em Lisboa.
Depois do primeiro contato com o Velho Continente, na década de 1990, Lili se estabeleceu em Zurique, na Suíça, e começou a ter aulas em uma escola de canto italiano. "Nunca cantei para brasileiros lá fora. Agradeço muito à Itália, país que sempre me ensinou,  apoiou e ajudou muito", conta ela, que mora no exterior há 18 anos.
No princípio, Lili Rocha se apresentava em bares, restaurantes, festas de casamento e batizado. Depois, ela começou a participar de festivais de música, dos quais arrebatou vários prêmios na Itália e na Bélgica cantando Uomni Addosso, sucesso da italiana Milva.
Originalidade

A carreira da artista  tomou  rumos mais profissionais a partir de 2003, quando conheceu o produtor executivo Matthias Oertle. No mesmo ano, ela lançou o primeiro álbum oficial, Me Deixa Sonhar, com músicas em português e italiano.

"A primeira vez que apresentei meu trabalho a uma gravadora, disseram: 'ela não parece com ninguém'. Isso é bom, porque já estavam cansados do mesmo. Eles dão muito valor à originalidade, não lançam produtos muito parecidos como fazem aqui", explica Lili.
O CD de estreia vendeu 85 mil cópias na Itália, tendo como carro-chefe a faixa-título, versão da italiana Lacha Me Sonhare. A música teve grande êxito nas rádios da Itália, com a manutenção dos vocais em italiano e o arranjo percussivo criado na Bahia com colaboração do compositor Tote Gira, autor do hit  Canto da Cidade.
"Construí uma carreira sólida, não tenho medo de cair. Quero que o Brasil reconheça o meu trabalho, o meu esforço, onde eu cheguei. Lá fora respeitam meu trabalho, mas não é o tipo de coisa que saio na rua e sou reconhecida. Antes de trabalhar com Matthias eu era até mais popular, porque cantava em todos os lugares, aceitava todas as propostas", afirma Lili Rocha, que costuma vir ao País duas ou três vezes por ano.
"Minha vontade de fazer sucesso no Brasil é muito grande. Comecei a fazer divulgação nas rádios de Porto Seguro e agora em Salvador. Estou investindo meu próprio dinheiro nisso, porque meu produtor (Matthias Oertle) não acredita no mercado brasileiro, já tentou em outra ocasião, mas se decepcionou com algumas situações".
Mesmo trabalhando de forma independente, Lili não teme os desafios que pode encontrar em sua terra natal. "Começar de novo é horrível. Mas já comecei várias vezes, em lugares diferentes na Europa, nos Estados Unidos. Lá eu vi resultado, mas no Brasil sempre achei mais difícil. Mas já me defendi na Itália, na Suíça, na América. É sempre a mesma coisa".

Rock na América

O último desafio que Lili Rocha enfrentou foi começar do zero nos Estados Unidos, em 2010, cantando em inglês. "Não foi fácil. Eu não dormia, era dia e noite estudando inglês, pronunciando mil vezes as palavras", lembra. 
O trabalho na América deixou para trás a sonoridade mais próxima da MPB e da música italiana e encaminhou a artista mais para o rock.  "Na estrada eu cantava tudo, mas sempre diziam 'ela é rock, o jeito, a voz, a força, o estilo'. Também canto reggae, música mais romântica. Meu segundo disco tem até um flerte com a música latina".
Em 2010 ela gravou Lili Rocha Rocks! e no ano seguinte realizou uma turnê com apresentações em Los Angeles, Miami e Nova York, passando por importantes casas de show como Bitter End (NY) e Bardot (Miami).
Em 2012, Lili gravou seu álbum mais recente,    Into the Fire, também em inglês, com sonoridade mais rock, e realizou turnês nos Estados Unidos e Europa. Depois desta passagem pela Bahia, ela retorna a Nova York, onde reside. "Mas isso não me impede de fazer um trabalho de divulgação aqui também", diz.
"Eu sou um produto internacional, minha carreira foi toda feita lá fora. Espero que gostem da minha música aqui. Sou otimista. Como tenho discos com músicas em vários idiomas, o público brasileiro é que vai decidir o que prefere ouvir".

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