Uma passeata de manifestantes contrários à realização do Copa do Mundo interrompeu parcialmente o trânsito na noite desta sexta-feira (30) no Eixo Monumental, uma das principais vias de Brasília. O protesto durou duas horas – começou às 18h30 e se dissolveu às 20h30.
Durante a passeata, aproximadamente 150 pessoas interromperam o trânsito de quatro das seis faixas da pista sentido Rodoviária do Eixo Monumental. O ato foi convocado pela rede social Facebook – 8 mil pessoas tinham confirmado presença.
Com a passeata, o trânsito ficou congestionado. Parte dos manifestantes circulou nas outras faixas, entre os carros, o que agravou ainda mais o congestionamento. Não houve registro de conflitos.
Passeata passa pelo Eixo Monumental (Foto: Felipe
Néri / G1)
A Polícia Militar deslocou 190 homens para acompanhar o protesto, dos quais 70 no Museu da República, ponto de encontro do grupo, 62 no trânsito e 58 na Rodoviária do Plano Piloto.
O grupo partiu do Museu da República em direção ao Estádio Nacional Mané Garrincha, uma das sedes de jogos da Copa. Ao chegar ao estacionamento do estádio, os ativistas se depararam com um cordão de isolamento da Polícia Militar. Por isso, decidiram voltar e passaram a se dirigir à Rodoviária do Plano Piloto, onde concentraram o ato de protesto.
Com faixas e cartazes, os manifestantes pediam mais dinheiro para saúde e educação e gritavam palavras de ordem como: "Quero ver professor com o salário do Neymar" e "Ei, Dilma, na Copa vai ter briga".
O protesto foi o segundo em Brasília nesta semana contra a Copa do Mundo. Na terça, cerca de 2,5 mil pessoas participaram de um ato, que também reuniu indígenas e familiares do auxiliar de serviços gerais Antônio de Araújo, que desapareceu após uma abordagem policial e depois foi encontrado morto. A manifestação de terça-feira terminou em confronto. A Polícia Militar usou gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. Um cabo da cavalaria chegou a ser atingido por uma flecha.
Ativistas contra a Copa do Mundo exibem cartazes entre carros que circulavam pelo Eixo Monumental durante manifestação em Brasília (Foto: Ricardo Moreira / G1 DF)