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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Testemunha de briga entre recrutas do Exército e PM's conta ação


Confusão ocorreu após denúncia de agressão em um bar em Canavieiras.Logo após, militares do Exército tentaram invadir quartel da PM na cidade.



Um homem que testemunhou a briga entre um grupo de recrutas do Exército e PM's em um bar na cidade de Caravelas, extremo sul da Bahia, no último domingo (16), relata que a discussão começou depois que a polícia foi acionada a partir de uma denúncia de agressão contra a namorada de um dos clientes do bar, que é sargento do Exército.

"Tudo se iniciou por causa da namorada de um deles. Depois, a polícia chegou no bar e pediu para abaixar o som para eles conversarem, aí eles acharam ruim e foram para cima da guarnição. Eu até levei uma garrafada", disse Marcelo Almeida,dono do bar.

Segundo informações de testemunhas, uma jovem teria sido agredida pelo namorado, que é sargento do Exército. Foi quando a Polícia Militar tentou controlar a situação e os colegas acharam que seriam presos e partiram para cima dos dois policiais.

"Eles foram para cima da polícia com mesa, cadeiras e capacete. Tudo o que eles viam pela frente eles jogavam contra a guarnição. A única coisa que a gente tentou fazer foi afastar", disse.

Alguns policiais militares tiveram as roupas rasgadas e sofreram lesões pelo corpo. Segundo a PM, cerca de 25 recrutas do Exército agrediram os policiais militares. Na confusão, um policial atirou para o alto para dispersar o tumulto.

Reforço

A polícia pediu reforço de cidades vizinhas. "Nós tivemos que pedir reforço à Companhia de Alcobaça e Teixeira de Freitas e quando eles chegaram aqui, a situação já estava amenizada. Os militares vieram em direção ao nosso quartel, tentaram invadir o nosso quartel. E supostamente sob efeito de bebidas alcóolicas, eles tiveram aquele tipo de atitude", disse o capitão Luis Cláudio de Jesus, comandante da 4ª Companhia.

"O comandante já está ciente de todo o ocorrido, estamos colhendo as declarações de todas as pessoas que estavam no local, as testemunhas e os policiais. Nós já tivemos contato com o comandante imediato do 11º Destacamento dos Policiais do Exército e nós iremos tomar as providências cabíveis para que sejam responsabilisados os autores deste fato", completou o capitão.

O comandante do Destacamento do Exército de Caravelas,  Amintas Floriano, disse que houve um excesso da Polícia Militar, um abuso de poder. Já o comandante do 13º Batalhão da PM, o tenente coronel Osíris, disse que o caso será investigado e que uma outra documentação será encaminhada para o Ministério Público Estadual e para o Comando do Exército. Disse ainda que a Polícia Civil também será acionada para investigar o caso.

O caso

Um grupo com pelo menos 25 homens tentou invadir o quartel da Polícia Militar  localizado na cidade de Caravelas, no extremo sul da Bahia, na madrugada deste domingo (16), segundo a polícia. De acordo com o capitão Luiz Cláudio, da PM, a situação foi iniciada após dois policiais abordarem um integrante do grupo que tinha sido denunciado por uma jovem, que alegou ter sido agredida por ele.

"Quando o policial foi se reportar, ele se apresentou como sargento do Exército. Junto, tinham vários militares, todos em um bar. O policial o informou que, se tivesse tido caso de agressão, iria conduzi-lo ao quartel. Os militares devem ter entendido que a condução iria ocorre naquele momento e iniciaram a agressão aos policiais, com cadeiras, mesas, capacetes, rasgaram farda, danificaram a viatura", relatou o capitão da PM ao G1. Durante a briga, um policial atirou para o alto como advertência, mas, na ação, um dos militares ficou ferido de raspão, informou o capitão.

Segundo o capitão, os policiais deixaram o lugar, mas os militares correram atrás da viatura, tentando acessar o quartel. Os militares não chegaram a invadir o local, mas conseguiram resgatar um colega que estava preso por desacato à autoridade, que teria sido cometido em situação anterior, segundo comentou o capitão. "Bem antes, ele passou pelo quartel, que fica próximo à rodoviária, e jogou algo que estourou. O PM o advertiu verbalmente e ele xingou o policial, que acionou a viatura, e, quando foi abordado, disse que era soldado do Exército. Ele estava embriagado", explicou. 

Ainda de acordo com o capitão Luís Cláudio, o envolvimento de militares do Exército com confusões na região é comum. "São muito corriqueiros na área. Eles fazem parte do destacamento,  tem essa situação com a comunidade de Caravelas, brigas, se envolvem com meninas, os meninos ficam com ciúmes", retratou. Os militares fazem parte da 1ª Companhia de Engenharia de Construção, do destacamento do 11° Batalhão do Exército.
O capitão da PM afirmou que o Exército vai instaurar sindicância e responsabilizar os envolvidos.

G1


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