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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Denuncie: Violência no parto é violência contra a mulher


Abuso no nascimento, abuso obstétrico, violência obstétrica, assalto ao parto, estrupo no nascimento?


Violência Obstétrica: a voz das brasileiras

Eu andei de um lado para outro pensando na escolha do termo mais apropriado sobre o abuso no nascimento ou violência obstétrica. A palavra "obstétrica" ​​é tão clínica, desprovida de emoção e quase sempre leva imediatamente a mente a imagem de um médico, obstetra, e, eu acho, para muitos de nós, obstetra do sexo masculino além de ser muito geral o termo "obstétricia".


Por achar que os autores do abuso no nascimento vêm em diferentes identidades desde o médico como enfermeiras, as vezes até a recepcionista, eu realmente queria usar um termo que não automaticamente evocasse um homem com um casaco branco, por isso eu escolhi o abuso no nascimento/ violência obstétrica.

Abuso de nascimento/ violência obstétrica cobre todos os aspectos do abuso de uma mulher pode encontrar durante a gravidez, trabalho de parto, ou pós-parto. Há uma área cinzenta em que, se a mulher está grávida, o abuso ocorre durante um teste de Papanicolau ou durante um exame de mama, mas isso pode ser resolvido mais tarde.Para o momento, esta peça específica fala com a experiência de uma mulher em trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, que gostaria de considerar durante a primeira semana após o nascimento ou assim, o período mais vulnerável para as mulheres, bem como o momento em que os cuidadores têm o maior acesso para as mulheres.



Violação no nascimento

Chegamos ao nascimento de nossos filhos cheias de esperança e expectativa. Esperamos ter um bebê saudável e ser capaz de estabelecer o vínculo mãe-bebê plenamente, lindamente. Além disso, nós também confiamos que seremos tratadas com respeito e a nossa dignidade será mantida como ser humano.Quando isso não ocorre, a nossa confiança foi violada. As violações podem assumir muitas formas, incluindo:

- Ignorando o nosso parto de nascimento por comodismo;
- Ignorando nossas exigências para parar qualquer procedimento desnecessário;
- Ignorando os nossos pedidos;
- Qualquer toque sem permissão.


Desumanização
Muito tem sido escrito sobre a desumanização das mulheres no nascimento, livros inteiros e até mesmo papéis de pesquisa têm explorado esse tema. Mas, no contexto do abuso nascimento,é importante revisar a lista dos eventos "normais" que são desumanos. Eu acho que notar que dependendo da história emocional ou física de uma mulher, ela pode interpretar desumanização como violência nascimento. Mais uma vez, a sua percepção é a certa.


- Sendo obrigadas a usar a bata de hospital quando ela diz que quer vestir suas próprias roupas,

- Sendo obrigadas a usar o vestido de hospital aberto atrás sem dar outra vestimenta, quando a mulher manisfeta vergonha e acanhamento,


Violência Obstétrica

- As pessoas que entram seu quarto sem bater,

- As pessoas que entram no quarto sem introduções,

- As pessoas que assistem o parto sem seu consentimento,

- Estranhos tocar em você sem o seu consentimento,

- Pessoas tocando seu bebê sem o consentimento,

- Não revelando a condição do seu bebê quando você pergunta,

- Sendo tratada como "mamãe" em vez de usar o seu nome.



Violência obstétrica

Violência no nascimento( violência obstétrica)

Passando para a violência no nascimento, estes agora se torna o mais físico das violações, embora nem todos são físicos, no entanto continuam sendo violentos.

- Intimidando a mulher, seja no trabalho de parto ou mesmo na gravidez ( dizer a uma mulher que ela nãofez mediciana para saber de nascimento e ele/ela( médico sabe mais, ou, as mais clássica de todas as táticas de intimidação) você pode ver no OB Meu disse o quê?!?)

-Forçar uma mulher a ter um IV, quando ela se recusa expressamente.

-Forçar uma mulher não ter comida ou bebida durante o trabalho

-Dando os sedativos, narcóticos, ocitocina, sulfato de magnésio ou qualquer outro medicamento, prescrição ou de outra forma, sem o expresso consentimento informado,

-Contendo fisicamente uma mulher que está tentando mudar de posição,

-Mover fisicamente uma mulher contra a sua vontade durante o expulsivo,

-Gritar com a mulher (ou seja, menosprezando sua capacidade de lidar com a dor ou exigir determinados comportamentos)

-Negando sua experiência (ou seja, "Ainda nem começou a doer ainda", ou "Espere até que você começa a ter contrações reais")

- Abandonando uma mulher (já vi mulheres abandonadas pelo médico que estava do outro do corredor, recusando-se a te ajuda-la para castigá-la por tentar ter um parto domiciliar. (Vide proibição do CREMERJ)

- Puxando agressivamente o cordão umbilical para obter a placenta (isto é muito diferente do que a gestão ativa da terceira fase e dói fisicamente, especialmente se a mulher não teve uma epidural e pode causar hemorragia grave)

- Massagear agressivamente e dolorosamente o útero após o parto da placenta .

- Agarrando o peito de uma mulher e empurrando-a para dentro da boca do bebê, sem aviso prévio ou sem consentimento ou explicação para o fazer.


Eu não posso falar em violência no nascimento, sem mencionar que a Venezuela, em 2007, assinou uma lei sobre Violência Obstétrica.


"No artigo 15, 19 formas de violência são descritos, incluindo violência obstétrica, como: a apropriação dos processos do corpo e reprodutivos das mulheres por cuidadores de saúde que expressa como tratamento desumano, um abuso de medicamentos, e para converter os processos naturais em patológicos, trazendo com ele a perda de autonomia e a capacidade de decidir livremente sobre seu corpo e sexualidade, impactando negativamente a qualidade de vida das mulheres ".



Eu definitivamente acho que a violência obstétrica termo tem potencial como o termo a ser usado para todos esses segmentos de abuso nascimento, mas eu queria pesar sobre por que eu escolhi de forma diferente.


Violência obstétrica é, para muitas mulheres, um termo abrangente e, como eu já disse antes, a mulher define sua experiência. Todos os procedimentos abaixo incluem ser feito sem aviso, sem consentimento informado completo, se a mulher retira o consentimento e / ou se ela está ativamente proibindo o procedimento. O cuidador usa a força, ou pede ajuda na contenção da mulher, a fim de continuar com o procedimento. Por exemplo, se uma mulher se recusa um procedimento vaginal e o cuidador fisicamente empurra as pernas dela para continuar, o que é força que está sendo usado. Não menos dolorosos são os terrorismo para conseguir um " consentimento informado".


- Exames vaginais (mais especificamente, exames do colo do útero)

- Inserir eletrodos no couro cabeludo do feto

- Ruptura manual das membranas

- Decapagem (ou varredura) membranas

- Dilatar o colo manualmente

- Corte de uma episiotomia

- A remoção manual da placenta

- Verificando o útero e exames retais (exames retais raramente são feitos agora, mas costumava ser um método preferido de verificação da dilatação cervical, supostamente para limitar a infecção, mas não deu certo)

- Cesariana - há mulheres que são forçadas a cesárea.

Intenção

As discussões sobre o abuso no nascimento/ violência obstétrica implica falar sobre a intenção dos cuidadores, mas acredito que o abuso no nascimento, violações, violência são definidas / nomeadas pela vítima; intenção de seus autores é completamente irrelevante. Ao comparar a violência obstétrica com a compreensão típico do que o estupro ( eu sei que nesse momento você se contorceu na cadeira ou até mesmo deixe de ler o texto aqui, mas para mim, é uma questão intimamente ligada, espera um pouco e tente entender meu ponto de vista).


Assim como existem violências obstétricas que não têm a intenção de causar dano, há também estupradores que violam sem pretender ferir suas vítimas. Talvez o estuprador tem a intenção de ensinar uma menina ou mulher como fazer sexo ou para ajudá-la a "entender" o que ele é um grande amante ( Agora quem se contorceu na cadeira fui eu). 

Estupro não tem sempre o objetivo de intimidar ou prejudicar a mulher ... do ponto de vista de seus autores. Mais uma vez, é totalmente irrelevante o que o autor acredita que é ou sua intenção. Se o médicos, enfermeiro, técnicos ou parteiras não tem a intenção de ferir, assustar ou intimidar a mulher não importa ... é como a mulher vivencia o comportamento ou procedimento que define o evento.

Predomínio e domínio

Olhando para os exemplos e definições que eu dei, você pode imaginar como o abuso do nascimento é prevalente. Eu entendo que a maioria das mulheres nunca considerariam chamar a experiência do nascimento como o abuso nascimento/violência obstétrica, mas isso pode ser porque elas não foram capazes de nomear os sentimentos no momento ou após o nascimento. Eu sei que as mulheres desenvolveram depressão pós-parto (DPP) ou pós-traumático (TEPT) após partos traumáticos que não poderia nomear abuso no nascimento, porque elas não estavam cientes dos termos. 

Para muitas mulheres, aprendendo os termos e nomear as ações ou eventos que envolveram o autor tornou-se um passo significativo na cura da experiência.
Os tipos mais comuns de abuso que tenho visto são a desumanização e da intimidação.Talvez vocês argumentam, se tantas mulheres experimentam pelo menos um dos comportamentos acima, talvez o que eu estou chamando de abusos no nascimento, realmente é apenas uma interpretação aleatória, exagerada e que, em vez do que consideramos desprezível, realmente não é apenas o comportamento típico, mas mesmo normal. Talvez a minha própria história de abuso ou minha própria culpa do (o que eu chamaria) abuso no nascimento cobrindo os próprios atos? Posso dizer as mulheres que realmente isso não existe? Estas são todas as grandes questões que, tenho certeza, em breve será debatido.


Procedimentos de emergência e abuso no nascimento


Acho isso um aspecto desafiador, porque quando há situação de emergência, emergência verdadeira, real e honesta, eu não encontrei as mulheres com raiva sobre qualquer uma das violações citadas quando são emergenciais. Conheço mulheres (muitas, na verdade), que inicialmente eram gratas pelas ações que foram tomadas, mas após reflexão e com o tempo, reformulou suas experiências para um abuso no nascimento. As mulheres, especialmente as que foram informados de uma coisa e, depois, ler histórias muito diferentes em seus prontuários médicos estão acostumadas a reformular seus nascimentos. Mas quando as mulheres sentem que as ações emergenciais foram justificadas, eu não as vi com raiva. Eu acho que nós precisamos ouvir mais histórias do que apenas minha.

Acredito que muitos sentimentos de trauma do nascimento são causados ​​pela violência obstétrica. No entanto, isso não significa que todas as mulheres a identifique como tal. Ao longo dos meses, quando as mulheres compartilharam emoções comigo, muitas vezes tropeçava nas palavras certas para usar. Dei-lhes palavras que outras mulheres usaram, mas eu sou muito cautelosa para não preventivamente nomear o abuso ou de trauma para as mulheres. Pode levar meses ou até anos para as mulheres a entrar em acordo com suas experiências de nascimento. Se uma doula (ou pessoa de apoio) vê uma mulher lutando, é ela para ajudá-la com as informações?

Até agora, eu tenho a tendência a esperar por elas questionarem o que aconteceu. Mas isso é a coisa certa a fazer? Se eu identificar uma ação ou comportamento como o abuso, mas a mulher não faz, é abusar informando sobre a violência obstétrica? Principalmente no púrperio? Se uma mulher espancada acredita que ela merece as punições, ela está sendo abusada? 

Em outras situações que levam ao TEPT, pode ser uma corrida para ver quem nomeia o primeiro abuso - televisão, revistas, livros, familiares, médicos, terapeutas, etc Quando uma criança molestada é resgatada, uma das primeiras coisas que acontece na terapia é nomear o abuso, vendo-a como abuso, reformulando a experiência à luz que nossa cultura exige. Mas, e se nossa cultura não vê o trauma como o que fazemos? Cujo parâmetro usamos?

E o que de estado da nossa consciência mental? Como vamos atender nossos corações e mentes, sendo obrigados a assistir ao abuso acontecer de novo e de novo. Eu sei que o abuso no nascimento é a principal razão para queimar de doulas. Como podemos apoiar testemunhas para que eles / nós somos capazes de continuar, por isso somos capazes de estar lá para as mulheres que precisam / querem-nos com eles?

Jornal Folha de São Paulo



Poder e conveniência

Eu acho que o abuso nascimento/ violência obstétrica acontece por razões distintas e abordar estas razões são necessários.

É mais fácil fazer com que cada mulher se comporte exatamente da mesma forma, sem variações, assim nao toma muito tempo e energia para os cuidadores. As mulheres que querem, desejam, exigem serem tratadas como um indivíduo pode provocar a ira de alguns enfermeiros frustrados.

Estar no controle na maioria dos aspectos do ambiente do parto; médicos, enfermeiras e parteiras podem sentir um senso de direito e reagir negativamente quando seu poder é questionado. A equipe do hospital acredita 100% que eles têm sobre as mulheres e bebês " os melhores interesses" e quando seu cuidado é questionado, tomam isso como uma ofensa pessoal.

Alguns profissionais do hospital fazem muitos protocolos por causa dos planos de saúde e não com base em evidências científicas, que suportam os protocolos, mesmo se eles acreditam que prejudicam as mulheres, sabendo que poderiam perder seus empregos se lutam contra o sistema ... é mais fácil intimidar as mulheres para o cumprimento do que lutar contra o estabelecimento.

Abuso acidental no nascimento

Perguntaram-me se havia casos acidentais de violência obstétrica, mas para mim, o fator distintivo no abuso de nascimento é que está sempre associada a alimentação e / ou controle. Junto com as questões de emergência acima, acredito que se as mulheres entendem que a pessoa não tinha a intenção de machucá-las e se desculpa, eu acho que as mulheres são capazes de processar a experiência de uma forma como não violência obstétrica. 

Eu descobri que, mesmo na mais terrível das situações, pode-se pedir permissão ou explicar para a mãe o que está acontecendo e por quê. "Eu tenho que fazer tal procedimento por que...", ou "Você está sangrando."Eu preciso de ajuda". 

É preciso um segundo de tempo e sei que em alguns casos a contagem de segundos salva vidas, mas isso não significa que os procedimentos de salvamento são abandonados, a fim de conversar com a mulher sobre a novela das oito! Explicando a situação em poucos segundos, a meuler ainda pode ajudar; em casos de emergência, isso ajuda a não ver a experiência do nascimento como traumatizante

No hospital, há muitas pessoas associadas com situações de emergência, então por que alguém não pode falar com a mulher alguns segundos, durante os procedimentos, eles precisam praticar o que dizer no trabalho de parto e parto. Creio que isto pode ajudar as mulheres em uma miríade de formas, como sentir que faz parte da equipe ... e elas definitivamente fazem.

Fim da tolerância para o abuso


É desconcertante como as mulheres são esperadas para esquecer o abuso de médicos, enfermeiros e parteiras. As pessoas nunca tolerariam ser tratado desta forma por um advogado, contador ou professor! Você consegue imaginar um advogado empurrando as pernas de uma mulher separados? Ou um advogado zombando de um cliente. Ou ainda nosso contador sentado calmamente na nossa casa, dizendo: "Se você não me deixe olhar através de seus armários, você pode ir para a prisão por fraude fiscal." E ainda assim, estes exemplos chulos não chega nem perto da violação maciça que; mulheres a cada dia em nome da assistência médica e obstetrícia sofrem. 


Isso tem que parar. É...É...Simplesmente... Tem que parar!

Minhas esperanças

Estou ansioso para ouvir os pensamentos dos outros e eu gostaria de ver uma lista de exigências para todas as mulheres e os bebês são tratados com respeito e dignidade como na Venezuela e juridicamente vinculado.

- Eu sonho com as mulheres durante o parto, relatando abuso de nascimento, sendo ouvido e ações tomadas.

- Eu sonho com as mulheres sentadas em seus terapeutas, aprendedendo a denunciar os seus agressores e saber que elas serão ouvidas.

-Eu sonho com conselhos médicos verdadeiramente imparcial.

-Meu sonho é que os estabelecimentos médicos possam entender seus comportamentos abusivos e fazem um voto coletivo para nunca se cruzar as linhas de abuso de novo.

-Eu sonho com o consentimento informado ... real informado.

-Eu sonho com médicos e prestadores de cuidados de obstetrícia pedindo,informando, sempre perguntando às mulheres,

-As próprias mulheres ... nós mulheres ... que é o fator determinante na forma no nascimento.

É nosso direito.

Por isso, peço a ajuda de todas as mulheres que leram esse post, ajudar a denunciar a violência obstétrica mandando um video contando sua experiência, segue as instruções abaixo


Violência Obstétrica


O vídeo poderá ser gravado de maneira simples, caseira, utilizando apenas uma câmera fotográfica, a web cam do computador ou o próprio celular. O roteiro informado na imagem tem como objetivo facilitar a gravação do depoimento e a edição posterior.

Depois de gravados, deverão ser enviados para o e-mail videoviolencianoparto@yahoo.com.br
Após o perído de envio, iniciaremos a edição do vídeo único, composto por trechos de todos os depoimentos enviados. 

O vídeo final será apresentado oficialmente no Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, quando as autoras dessa ação apresentarão os dados sobre violência obstétrica coletados por ocasião do teste conduzido neste ano. 

PRECISAMOS DA SUA AJUDA PARA LEVAR MAIS ADIANTE A LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA! 

Envie seu depoimento! 
Fale sobre o que você viveu! 
Divulgue, compartilhe, poste a imagem, envie para seus contatos. 
Temos apenas 10 dias para coletar todos os vídeos. 
Quanto mais blogs, perfis, sites e portais entrarem nessa postagem coletiva, mais mulheres alcançaremos! 
Esperamos contar com toda a rede que tem se formado em torno da defesa dos direitos femininos, inclusive os direitos reprodutivos. 

Para maiores informações: Acesse, Cientista que virou mãe

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