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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cabrália está de fora do programa "MAIS MÉDICOS"



Até o momento, o município de Santa Cruz Cabrália, poderá ficar de fora do programa "MAIS MÉDICOS" programa lançado dia 09 de julho pelo governo Dilma, para combater a falta de médicos em cidades carentes desta função, até o final desta matéria a cidade de Cabrália ainda não está escrita no programa, e a Secretaria de Saúde de Cabrália tem até o dia 25 de julho para se inscrever no programa, dia 26 de julho será publicada as vagas por municípios, dia 02 de setembro médicos brasileiros darão inicio as atividades e dia 18 de setembro será a vez dos médicos estrangeiros começarem a atuar.

O programa ofertará bolsa federal de R$ 10 mil a médicos que atuarão na atenção básica da rede pública de saúde, sob a supervisão de instituições públicas de ensino. “Sabemos que um médico faz diferença ao lado da população. Os municípios não podem ficar esperando seis, sete ou oito anos para que possamos levar médicos para a população brasileira. A única ideologia que devemos ter é salvar vidas e proteger pessoas”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Falta de médicos

De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos oito anos o número de postos de emprego formal criados para médicos ultrapassa em 54 mil o de graduados em Medicina no país. De 2003 a 2011, surgiram 147 mil postos de primeiro emprego neste mercado de trabalho contra 93 mil profissionais formados, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Além disso, até 2015, o Ministério da Saúde abrirá mais 35.073 postos de trabalho para médicos só com a construção de UBS (Unidades Básicas de Saúde) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Segundo o ministério, acontecem dois problemas básicos que geram o déficit de médicos no país: o número insuficiente de médicos e a má distribuição desses médicos no território nacional. O Brasil possui 1,8 médicos por mil habitantes, índice menor que o da Argentina (3,2), do Uruguai (3,7), do Reino Unido (2,7), de Portugal (3,9) e Espanha (4). Além da falta de profissionais, o país sofre com uma distribuição desigual: 22 estados possuem número de médicos abaixo da média nacional e cinco deles com menos de 1 médico por mil habitantes – Acre (0,94), Amapá (0,76), Maranhão (0,58), Pará (0,77) e Piauí (0,92). Mesmo em estados com maior relação de médicos por habitantes, como é o caso de São Paulo (2,49), conta com uma relação muito menor em alguns municípios, por exemplo Registro (0,75), Araçatuba (1,33) e Franca (1,43).

A OMS (Organização Mundial de Saúde) não possui um parâmetro específico sobre o número de médicos recomendados por mil habitantes. O Governo Federal utiliza como referência a proporção encontrada no Reino Unido (2,7 médicos por mil habitantes) que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde público de caráter universal orientado pela atenção básica.




Quem pode participar

Todas as prefeituras poderão se inscrever no programa: áreas de difícil acesso, de difícil provimento de médicos ou que possuam populações em situação de maior vulnerabilidade, definidas com base nos critérios estabelecidos por Portaria do MS e que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes condições:

a) Município com 20% (vinte por cento) ou mais da população vivendo em alta vulnerabilidade social, com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

b) Estar entre os 100 (cem) Municípios com mais de 80 mil habitantes, com os mais baixos níveis de receita pública “per capita” e alta vulnerabilidade social de seus habitantes;

c) Estar situado em área de atuação de Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/SESAI/MS), órgão integrante da Estrutura Regimental do Ministério da Saúde; ou

d) Capital ou região metropolitana em que existam áreas com populações em situação de maior vulnerabilidade.

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