Ele chegou ao local por volta das 21h desta sexta-feira (18). O pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) à 17ª Vara Criminal Federal. Por razões de segurança, o MPF não revelou o procurador da República responsável pelo caso, e justificou que o pedido de prisão foi solicitado para garantir a ordem pública na segunda-feira (14), já que havia risco de Prisco deflagrar uma nova greve.
O pleito foi acatado pelo juiz criminal Antonio Oswaldo Scarpa, na terça-feira (15), dia em que a greve começou. O vereador soteropolitano é alvo de um processo aberto pelo MPF por oito crimes cometidos durante a greve da polícia em 2012. Na época, o edil chegou a ficar preso por 40 dias. Alguns crimes estão tipificados na Lei de Segurança Nacional. Segundo a Procuradoria da República na Bahia, mesmo sendo réu, Prisco iniciou um novo movimento que resultou na greve, e poderia praticar os mesmos crimes pelo qual já respondia. A Polícia Federal justifica a demora em cumprir o mandado de prisão, e disse que o tempo foi necessário para viabilizar a prisão e a transferência de Prisco para Brasília. O advogado Fábio Brito, que defende o vereador, já ingressou com um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), na noite desta sexta-feira.
Ao jornal Correio da Bahia, ele afirma que a prisão é ilegal, pois objeto dela foi perdido, já que o mandado era para evitar a greve e manter a ordem pública. A Procuradoria, por sua vez, alega que o fim da greve não tira a eficácia da decisão judicial, e que Prisco pode voltar a reincidir nos mesmos crimes que já responde. Para o Parquet, Prisco cometeu um “crime político grave”, e que os recursos deverão ser apresentados no Supremo Tribunal Federal (STF). O TRF-1, a partir de um pedido apresentado pelo MPF, declarou que a greve era ilegal, e determinou uma multa de mais de R$ 1 milhão e congelamento das contas dos líderes do movimento, caso a greve não fosse encerrada imediatamente.
A ação movida pelo MPF contra Prisco tramita na Justiça desde abril de 2013, por formação de quadrilha, impedir o livre exercício da atuação dos Poderes da União e dos Estados, sabotar instalações militares, paralisar serviços públicos essenciais para a defesa e segurança do país, incitar à subversão da ordem política ou social, entre outros.