O esquema de segurança preparado para a Copa do Mundo na Bahia inclui uma estrutura ao estilo "big brother" para acompanhar eventuais protestos. Os policiais que atuarão na negociação com os manifestantes usarão óculos com microcâmeras acopladas para registrar toda a ação.
Outros policiais, fardados ou à paisana, usarão câmeras de mão, tablets e smatphones para registrar possíveis atos de violência ou vandalismo. "Esse aparato de imagem será fundamental para o nosso trabalho porque facilita a boa tomada de decisão", afirmou o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa.
Segundo ele, os 12 óculos com microcâmeras adquiridos pelo governo servirão para o monitoramento da negociação com os manifestantes e serão usados prioritariamente pelos comandantes das tropas que atuarem nos protestos. As imagens captadas poderão servir de prova em casos de vandalismo ou mesmo excessos por parte dos policiais.
VIDEOMONITORAMENTO
O aparato de segurança para a Copa na Bahia foi apresentado nesta terça-feira (3) pelo governador Jaques Wagner (PT) em entrevista à imprensa. Além dos equipamentos portáveis, a polícia terá à disposição 215 câmaras fixas para videomonitoramento, sendo 37 delas no entorno do estádio da Fonte Nova.
Adquiridas por R$ 3,9 milhões, duas plataformas de observação elevadas com dez câmeras cada uma serão utilizadas para monitorar locais de grande concentração de pessoas, como as Fan Fests. Também foram equipados com câmeras 200 carros da frota da PM que circularão na capital baiana.
Ao todo, cerca de 13 mil servidores municipais, estaduais e federais atuarão no esquema de segurança da Copa do Mundo na Bahia. Além de Salvador, a segurança foi reforçada em Mata de São João, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália -cidades que abrigam, respectivamente, os centros de treinamento das seleções da Croácia, Suíça e Alemanha.
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